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O desemprego brasileiro caiu para 5,3% em dezembro, ante 5,7% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (26). Foi o menor patamar da série histórica iniciada em março de 2002. Em 2010, o desemprego médio foi de 6,7%, o menor da série desde 2003 (primeiro ano completo), ante 8,1% em 2009. O índice do IBGE vem renovando a mínima histórica há cinco meses, desde agosto de 2010, quando marcou 6,7%. Em março de 2002, a taxa era de 12,9%.

O número de desocupados em dezembro de 2010 (1,3 milhão de pessoas) teve queda em relação a novembro (-8%) e a dezembro do ano anterior (-21,4%). No ano, os desocupados somaram, em média, 1,6 milhão de pessoas, 15% a menos que em 2009 e 39% a menos que em 2003.

A população ocupada nas seis principais regiões metropolitanas do País somou 22,5 milhões de pessoas em dezembro do ano passado, o mesmo patamar de novembro de 2010. Em relação a dezembro de 2009, houve alta de 2,9% na população ocupada. Na média de 2010, a população ocupada somou 22 milhões, um número 3,5% acima da média de 2009.

Já a população desocupada – ou seja, sem emprego – foi de 1,3 milhão de pessoas em dezembro de 2010, o que representa uma queda de 0,8% na comparação com novembro do ano passado e um recuo de 21,4% ante dezembro de 2009. A média de desempregados em 2010 foi de 1,6 milhão de pessoas, 15% a menos que a média de desocupados registrada em 2009.

Carteira assinada

O número de trabalhadores formais no setor privado em dezembro de 2010 (10,5 milhões) ficou estável em relação a novembro e cresceu 8,1% quando comparado com dezembro do ano anterior. Considerando a média de 2010, houve um recorde na proporção de trabalhadores com carteira assinada (10,2 milhões de pessoas) em relação ao total de ocupados, chegando a 46,3%.

Rendimento médio

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores, calculado em R$ 1.515,10, teve recuo de 0,7% na comparação mensal e aumentou 5,9% frente a dezembro de 2009. O ano de 2010 apresentou a maior média do rendimento médio mensal habitual (R$ 1.490,61) em sete anos, o que representou um ganho de 3,8% em relação a 2009.

Dieese

A taxa de desemprego em sete regiões metropolitanas do País recuou para 10,1% em dezembro de 2010, ante 10,6% em novembro. O dado é da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com a pesquisa, esse resultado reflete a redução da taxa de desemprego aberto, de 7,7% para 7,2%, e a relativa estabilidade da taxa de desemprego oculto, que passou de 2,9% para 2,8%.

O desemprego oculto abrange os casos de pessoas que realizam algum trabalho remunerado eventual de alta ocupação, ou seja, sem qualquer perspectiva de continuidade e previsibilidade, ou realizam trabalho não remunerado em ajuda de negócios de parentes, mas que procuraram mudar de trabalho nos 30 dias anteriores à pesquisa. O desemprego aberto leva em conta pessoas que procuraram trabalho de maneira efetiva nos 30 dias anteriores à pesquisa e que não exerceram nenhum trabalho nos últimos sete dias.

O nível de ocupação nessas regiões (Distrito Federal, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo) cresceu 0,6%. Foram criadas 124 mil vagas e houve relativa estabilidade da população economicamente ativa (PEA) – ingresso de 3 mil pessoas – o que resultou na saída de 121 mil pessoas da situação de desemprego.

O total de ocupados nas sete regiões pesquisadas foi estimado em 19,950 milhões de pessoas e a PEA, em 22,184 milhões. A taxa de desemprego total teve queda em quase todas as regiões pesquisadas, com destaque para Salvador e Porto Alegre. Na capital baiana, o desemprego recuou para 13,8% em dezembro, de 14,8% em novembro. Já na capital gaúcha, a taxa caiu para 7,2%, ante 7,7%. A exceção foi Fortaleza, onde a taxa permaneceu estável em 8,3%.

No acumulado de 2010, a taxa de desemprego diminuiu para 11,9% nas sete regiões pesquisadas, ante uma taxa de 14% em 2009. Esse resultado engloba a redução das taxas de desemprego aberto (de 9,7% para 8,5%) e oculto (de 4,3% para 3,4%). Entre 2009 e 2010, o nível de ocupação no conjunto das regiões cresceu 4,1%, com desempenho positivo em todas as regiões pesquisadas. Em Recife, a alta foi de 7,1%, em Salvador de 5,9%, em Fortaleza de 5,5%, no Distrito Federal de 4,2%, em São Paulo de 4,1%, em Porto Alegre de 3,4% e em Belo Horizonte de 0,6%.

Em 2010, no conjunto das regiões pesquisadas, aumentaram os rendimentos médios reais (descontada a inflação) dos ocupados (4,4%) e da parcela assalariada (2,3%). Seus valores monetários passaram para R$ 1.326 e R$ 1.384, respectivamente. A maior alta do rendimento médio real dos ocupados foi em Recife (11,9%, para R$ 887), seguida de São Paulo (5%, R$ 1.422), Salvador (4,8%, R$ 1.082), Belo Horizonte (4,5%, R$ 1.360), Porto Alegre (4,1%, R$ 1.340), Distrito Federal (1%, R$ 1.990) e Fortaleza (0,8%, R$ 849).

Entre 2009 e 2010, no conjunto das regiões pesquisadas, as massas de rendimentos reais de ocupados e assalariados cresceram 8,4% e 8,6%, respectivamente. Em ambos os casos, a expansão é resultado do aumento no nível de emprego e do rendimento médio real.