inesquecível Marlon Brando Cremado em Los Angeles na segunda-feira 5, numa cerimônia particular, o ator americano Marlon Brando foi o maior mito masculino da história do cinema. Ele morreu na quinta-feira 1 em decorrência de problemas pulmonares. Tinha 80 anos e participou de 41 filmes – alguns clássicos como Uma rua chamada pecado (1951), Sindicato de ladrões (1954), Caçada humana (1966), O poderoso chefão (1972), O último tango em Paris (1972) e Apocalipse now (1979). A sua vida também foi marcada por espetaculares casos amorosos e acontecimentos extremamente dramáticos. Entre os romances destacam-se os que teve com Marilyn Monroe e Rita Moreno. Quanto às tragédias, Marlon Brando amargou em 1995 o suicídio da filha Cheyenne. Cinco anos antes, o irmão de Cheyenne, Christian Devi, matara o marido dela. Egresso do Actors Studio, onde estudou com Lee Strasberg, Erwin Piscator e Stella Adler, Marlon Brando renovou o cinema com uma interpretação mais centrada nos detalhes dos gestos e da fala. E combinando beleza, sensualidade, inteligência e espírito rebelde, se agigantava diante das câmeras e fazia de seus personagens figuras inesquecíveis. Ele ganhou dois Oscar de melhor ator: por Sindicato de ladrões e O poderoso chefão. A sua mais recente excentricidade se deu durante as filmagens de A cartada final (2001), o seu último trabalho, quando se recusou a acatar ordens do diretors Frank Oz, a quem chamava de Miss Piggy. Pai de nove filhos, ele se casou duas vezes (com Anna Kashfi e Movita Castaneda), mas a sua relação mais duradoura foi com a taitiana Tarita. Marlon Brando costumava dizer que um ator é, no máximo, um poeta, e, no mínimo, um entertainer. Ele foi os dois em sua potência máxima. .