O Tribunal de Contas da União investiga 32 contratos de órgãos do governo com empresas de informática. O relator do caso é o ministro Marcos Bemquerer. A investigação partiu de uma representação do procurador da República no TCU Lucas Furtado. Entre os contratos está a compra pelo Banco do Brasil de 30.915 computadores da Cobra, sem licitação, a um preço médio de R$ 3.370. O problema é que a Caixa Econômica Federal fez compra de equipamentos semelhantes, por pregão eletrônico, a um preço médio de R$ 1.980. Furtado desconfia de superfaturamento. Pode dar problema sério. Porque a Cobra é contratada sem licitação por ser estatal, mas na verdade repassa equipamentos da Novadata, empresa que pertence a Mauro Dutra. Trata-se daquele amigo do presidente e chefão da ONG Ágora que protagonizou noticiário recente sobre favorecimentos no governo. No ano passado, a Novadata vendeu R$ 200 milhões para a administração pública. Este ano, a previsão do mercado de Brasília é de que chegue a R$ 500 milhões. Só este negócio do BB atingiu cerca de R$ 100 milhões.