5 artistas plásticos que dirigem filmes

ANDY WARHOL Mais conhecido como pintor pop, dirigiu filmes experimentais, como Lonesome cowboys e Sleep

PETER GREENAWAY Antes de se tornar cineasta, o diretor estudou pintura. Atualmente assina também instalações e projetos multimídia

MATTHEW BARNEY O artista de vanguarda americano é autor da série de filmes Cremaster. A drawning restraint é estrelado por sua mulher, a cantora Björk

DAVID LYNCH Suas telas são tão estranhas como seus filmes e incorporam elementos orgânicos como carne e insetos

STEVE MCQUEEN Estreou como diretor de longas com o filme Hunger, retratando a greve de fome de um militante irlandês

C I N E M A 1
Uma história de superação

Dirigido pelo artista plástico americano Julian Schnabel, o filme O escafandro e a borboleta (estréia no Brasil no dia 27 de junho) é baseado no livro homônimo e autobiográfico do ex-editor da revista francesa Elle Jean-Dominique Bauby. Vítima de derrame cerebral, ele ficou com o corpo paralisado, movendo apenas o olho esquerdo. Para comunicar-se, Bauby tem de “fugir de dentro de si mesmo” – e é sobre esse seu mecanismo psíquico e a sua capacidade de superação da tragédia que trata o ótimo filme de Schnabel. Premiado em Cannes e no Globo de Ouro, ele apresenta construção e tratamento visual únicos, superando o desafio de se adaptar para o cinema uma história na qual o protagonista se vê impossibilitado de falar. Crédito para o ator Mathieu Amalric, protagonista do filme. (10 anos)

C I N E M A 2
Os mistérios de Dulce Veiga

Adaptado do livro de Caio Fernando Abreu, o filme Onde andará Dulce Veiga? (em cartaz no Rio de Janeiro e em São Paulo), dirigido por Guilherme de Almeida Prado, narra o misterioso desaparecimento da diva do cinema Dulce Veiga (interpretada por Maitê Proença). O repórter Caio (Eriberto Leão) é encarregado de encontrá-la e ao longo de sua jornada conhece a filha da atriz, a roqueira Márcia (vivida por Carolina Dieckman). Christiane Torloni protagoniza uma das cenas mais engraçadas como a afetada estrela de novelas Lyla Van. (16 anos)

M Ú S I C A
MODERNO E ANTIGO GILBERTO GIL

O novo disco do cantor, compositor e ministro da Cultura, Gilberto Gil, Banda larga cordel, mistura o seu interesse pelo moderno mundo digital com a antiga valorização das raízes brasileiras — entre as novas composições, a música O oco do mundo é perfeita na tentativa de combinar o rústico de um cordel com a batida ágil da época digital. Duas mulheres foram homenageadas no CD: dona Canô, mãe de Caetano Veloso, e Flora, sua mulher, a quem dedicou a composição A faca e o queijo.

L I V R O S
A vingança de Alessandro Baricco

Festejado como um dos grandes nomes da nova literatura italiana, Alessandro Baricco tem sete livros traduzidos no Brasil. O mais recente deles, Sem sangue (Cia. das Letras, 88 págs., R$ 29), trata da história de uma vingança centrada na personagem Nina, mulher que testemunhou na infância o assassinato de sua família. Baricco, que também escreveu peças teatrais e tem obras adaptadas para o cinema, é um dos convidados da Festa Literária Internacional de Paraty e participa no dia 5 de julho do debate Fábulas Italianas, ao lado do psicanalista Contardo Calligaris.

D V D
Na trilha de Almodóvar

Quem sente falta do humor dos primeiros filmes do diretor espanhol Pedro Almodóvar certamente vai gostar da comédia Crime ferpeito, de Álex de la Iglesia – aliás, aprendiz e amigo de Almodóvar. Na história passada em Madri, um ambicioso vendedor de uma loja de departamentos (interpretado por Guillermo Toledo) mata por acidente o novo gerente e é ajudado por uma funcionária (Mónica Cervera) a desaparecer com o corpo. O problema é que a mulher, muito feia, passa a manipulá-lo e ele começa a arquitetar uma forma de matá-la. (18 anos)

A G E N D A

TEATRO NOH – ESCOLA HOSHO (São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Brasília, começou no dia 26/6 e vai até 4/7) – Programa com quatro pequenas peças do teatro tradicional japonês surgido no século XIV (12 anos)

I FESTIVAL PAULÍNIA DE CINEMA

(Paulínia, São Paulo, a partir do dia 4/7) – A primeira edição do festival tem na mostra competitiva os filmes Feliz Natal, de Selton Mello, e Pequenas histórias, de Helvécio Ratton

LA FIN DES TERRES

(Rio de Janeiro, 29/6) – Espetáculo do grupo francês Philippe Genty que funde teatro, dança e marionetes, criando imagens de grande impacto (12 anos)