Quando chamam este presidente da República de genocida, ele e sua horda de cúmplices fanáticos acham ruim. Mas como adjetivar um psicopata negacionista que, em pleno curso desta maldita pandemia, realiza uma cerimônia oficial para “comemorar a vitória do Brasil” sobre o coronavírus?

Somos atualmente o epicentro da doença no mundo. Nenhuma outra nação apresenta números diários de mortos e contaminados como apresentamos. Disputamos, “cabeça a cabeça”, com os Estados Unidos e Índia, o trágico primeiro lugar no total de doentes. São mais de 3 milhões de “covidados” em cada país (nos EUA, mais de 5 milhões). Estamos falando de números oficiais. Se levássemos em conta a subnotificação, desbancaríamos os norte americanos fácil, fácil.

Não temos leitos de UTI suficientes; não temos anestésicos e sedativos para intubação dos pacientes em estado grave; não temos sequer um ministro da saúde, meu Deus do céu! Que raios, afinal, este governo aloprado comemora? Como é possível um presidente, em pleno salão do Planalto, num evento oficial, se referir a jornalistas como “bundões”? Como pode regozijar-se de ter superado a Covid-19 por sua “condição de atleta”, dando a entender que todos os que morrem são… bundões?

Jair Bolsonaro é um ser humano desprezível. Alguém incapaz de solidariedade e empatia. Uma triste alma focada em si própria e mais ninguém. Num dia, quer “encher de porrada” a boca de um jornalista, por este lhe perguntar sobre os cheques do Queiroz na conta da então primeira-dama, Michelle. Noutro, pisoteia cadáveres e milhares de enlutados. Isso não é presidente nem aqui nem na Conchinchina. É tão somente um reles político do baixíssimo clero, do fundão do fundão, alçado à Presidência por uma trágica conjunção de fatores.

Depois de termos o maior corrupto do mundo – um tal Lula da Silva – e uma estoquista de vento na Presidência, hoje temos Jair Messias Bolsonaro. Não me perguntem o que pior, ou quem é pior, pois eu não saberia dizer. Mas me perguntem como chegamos até aqui, que lhes direi com absoluta certeza. É muito simples: apertando dois números na urna eletrônica. E enquanto insistirmos em votar em falsos pais, mães e mitos, é só (e tudo!) o que teremos. E faremos, pois, por merecer.