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A Fifa disse que descartou a possibilidade de analisar novas acusações feitas por um programa de televisão britânico de que três importantes dirigentes, incluindo Ricardo Teixeira, receberam pagamentos ilegais relacionados com contratos de marketing. "O inquérito e o caso estão definitivamente encerrados", disse a entidade.

O documentário apresentado pela BBC na segunda-feira acusa Ricardo Teixeira, presidente da CBF, Nicolas Leoz, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol, e Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol, que são membros do Comitê Executivo da Fifa, de terem recebido recursos da ISL, antiga parceira de marketing da entidade, entre 1998 e 1999. O colapso da empresa com enormes dívidas, causou um julgamento por fraude.

A FIFA disse que o caso da ISL foi tratado por um tribunal suíço em 2008 e nenhum dirigente da entidade foi acusados de qualquer crime. "É importante ressaltar novamente o fato de que nenhum dirigente da Fifa foi acusados de qualquer crime, nesses processos. Além disso, é importante lembrar que a decisão foi feita sobre as questões que ocorreram antes do ano 2000 e não houve nenhuma condenação judicial contra a Fifa", disse a entidade, em nota oficial.

Teixeira, Leoz e Hayatou vão participar na quinta-feira da votação do Comitê Executivo da Fifa que definirá as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022. Inglaterra, Rússia, Portugal/Espanha e Holanda/Bélgica tentam receber o Mundial de 2018, enquanto Austrália, Estados Unidos, Japão, Catar e Coreia do Sul disputam o direito de receber o evento em 2022.

COI deve investigar o caso

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta terça-feira que examinará qualquer prova de suposta corrupção de um de seus membros, após uma reportagem da BBC sobre os casos de ilegalidades na Fifa. "O COI tomou nota das acusações feitas pelo (programa) Panorama e pedirá aos produtores que entreguem qualquer prova que tenham", afirma um comunicado da organização. "O COI tem ‘tolerância zero’ com a corrupção e levará o tema a seu comitê de ética", completa o texto.

Uma reportagem da BBC exibida na segunda-feira à noite acusa três membros do comitê executivo da Fifa, o brasileiro Ricardo Texeira, o presidente da Confederação Africana (CAF), Issa Hayatou, e o presidente da Confederação Sul-Americana, o paraguaio Nicolás Leoz. Segundo as informações da BBC, os três integrantes do comitê executivo da Fifa receberam subornos de uma empresa de marketing há mais de uma década década em um caso de corrupção. Os três integram o organismo da Fifa que designará na quinta-feira em Zurique as sedes das Copas do Mundo de 2018 e de 2022.