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O número de imigrantes internacionais pode subir 68% por cento para 405 milhões em 2050, informou nesta segunda-feira a Organização Internacional para a Migração (OIM), observando que as economias emergentes da Ásia, África e América Latina estão se tornando importantes destinos.
"Há muito mais imigrantes internacionais no mundo hoje do que nunca – 214 milhões", disse a Organização Internacional para a Migração em seu relatório anual. "Se a população migrante continuar a aumentar no mesmo ritmo dos últimos 20 anos, o número de migrantes internacionais em todo o mundo em 2050 pode chegar a 405 milhões", acrescentou a agência intergovernamental.
Segundo a IOM, uma das principais razões para o aumento é o crescimento significativo da mão-de-obra nos países em desenvolvimento, enquanto nos países desenvolvidos as populações estão envelhecendo. "Os atuais desequilíbrios demográficos entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento devem aumentar em um futuro próximo", observou o relatório.
Em 2025, jovens entrando no mercado de trabalho nos países em desenvolvimento vão superar a atual mão-de-obra total em países industrializados, disse a OIM. Enquanto isso, economias em rápido crescimento na Ásia, África e América Latina tornam-se cada vez mais populares como destido dos trabalhadores imigrantes, afirmou.
Esses dados "não apenas enfatizam a crescente importância dos movimentos migratórios sul-sul, mas a necessidade de mais investimentos na gestão da imigração nestas regiões", observou a IOM. Os Estados Unidos, todavia, prosseguem como o principal destino dos migrantes, com 42,8 milhões em 2010, cerca de 20% do número em todo o mundo.
Outros países com elevadas populações de origem estrangeira são Rússia, Alemanha, Arábia Saudita, Canadá, França, Grã-Bretanha, Espanha, Índia e Ucrânia, afirmou a IOM.

Ininterrupto
Países ricos da Europa, dos Estados Unidos ou do Japão se lançam nos últimos dois anos na construção de muros e barreiras contra trabalhadores imigrantes, além de intensificar a expulsão de milhares diante da recessão. Mas nada disso terá resultados e a invasão estrangeira continuará. Essa é a conclusão do relatório anual da principal entidade que se ocupa de fluxos migratórios, a Organização Mundial de Migrações (IOM, na sigla em inglês). Segundo a instituição, nunca o planeta contou com tantos imigrantes vivendo fora de suas fronteiras como em 2010. No total, são 214 milhões de pessoas, dos quais um terço foram viver na Europa. Para 2050, a projeção é de que haja mais de 405 milhões.
Se os "retirantes" internos em um país forem contabilizados no total da migração, a constatação é de que quase 1 bilhão de pessoas vive longe de seus locais de origem, fenômeno que nem mesmo a descoberta das Américas ou as grandes migrações do passado superariam. Segundo o levantamento, Madri, Londres, Roma, Washington, Paris e Bruxelas estão de fato proliferando medidas de expulsão de estrangeiros e a criação de barreiras contra a entrada de novos trabalhadores. O movimento seria uma resposta desesperada – e ineficiente – para dar um sinal à população de que os governos estão tomando iniciativas diante de um desemprego recorde e que só na Europa atinge 23 milhões de pessoas.
Para a OIM, a realidade é que o aumento é "inexorável" diante da explosão populacional nos países pobres e das necessidades econômicas de milhões de pessoas. Em 2005, a mão de obra existente nos países pobres chegava a 2,5 bilhões de pessoas. Para 2040, esse volume atingirá 3,4 bilhões. Muitos terão de migrar se quiserem ter alguma chance de sobreviver. "Há um grande desequilíbrio entre a oferta e a demanda por trabalho no mundo e isso será aprofundado nos próximos anos", alertou a entidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.