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A taxa de desocupação registrada em outubro nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre foi de 6,1%, a mais baixa desde março de 2002, quando as estatísticas começaram a ser apuradas, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira.
A taxa caiu 0,1 ponto percentual em relação a setembro, e 4,2 ponto em relação ao percentual registrado em outubro de 2009 (7,5%).
O contingente de desempregados em outubro foi estimado em 1,4 milhão de pessoas, mesmo número verificado em setembro e 17,6% a menos que o registrado no mesmo mês do ano passado, segundo o IBGE. A população ocupada também não teve variação sobre setembro, mantendo-se em 22,3 milhões de trabalhadores nas seis regiões, mas aumentou 3,9% em relação a outubro de 2009, com o ingresso de 841 mil trabalhadores em postos de trabalho.
O rendimento real habitual dos trabalhadores das regiões pesquisadas foi de R$ 1.515,40, praticamente estável em relação a setembro, de acordo com os dados, e 6,5% maior que um ano antes.
O rendimento médio mais elevado foi o da região metropolitana de São Paulo (R$ 1.097,03), enquanto o Recife teve o menor das seis áreas pesquisadas (R$ 667,81). A região da capital pernambucana apresentou a maior variação no rendimento médio em relação a outubro de 2009, de 30,7%, passando de R$ 510,93 para R$ 667,81 nesse período.
O setor de comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis foi o único dos grupamentos de atividades definidos pelo IBGE a registrar aumento de contingente ocupado em outubro sobre o mês anterior, de 2,5%, enquanto os outros mantiveram estáveis seus contingentes.
Já em relação a outubro de 2009, foram verificadas altas nos segmentos de serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (4,7%), educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (7,4%) e outros serviços (8,2%). Nessa mesma base de comparação, o setor de serviços teve retração de 5,15% do contingente de trabalhadores.
Os trabalhadores da construção receberam rendimento médio real 10,1% maior nos últimos 12 meses até outubro, mas 3,8% menor em outubro em relação a setembro de 2010.

São Paulo
Na região metropolitana de São Paulo, o desemprego permaneceu estável em 5,9% em outubro, mas caiu em relação ao mesmo mês do ano passado, quando ficou em 8,6%.
O contingente ocupado em educação, saúde e administração pública cresceu 8%, com ingresso de mais 98 mil trabalhadores no mercado. O acréscimo também foi observado no grupamento outros serviços, com crescimento de 7,7% em outubro, enquanto os outros segmentos ficaram estáveis.
O rendimento médio real dos ocupados na região de São Paulo caiu 0,4% em outubro sobre setembro, para R$ 1.610, de acordo com o IBGE. Os empregados na construção, serviços domésticos e outros serviços tiveram aumento do rendimento na comparação com outubro de 2009, respectivamente, de 11,7%, 8,1% e 8,7%, enquanto os demais segmentos permaneceram estáveis.