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O líder da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) advertiu o governo da França de que terá que negociar com Osama bin Laden a libertação de cinco reféns no Mali.
A AQMI exige a retirada das tropas francesas do Afeganistão para libertar os reféns, afirmou Abdelmalek Drukdel, líder do grupo, segundo um discurso exibido na quinta-feira (18) pelo canal Al-Jazeera (Qatar), segundo o centro americano de vigilância de sites islâmicos (SITE).
"Se querem que seus cidadãos, que são nossos prisioneiros, saiam sãos e salvos devem ter pressa e retirar seus soldados do Afeganistão, seguindo um calendário preciso que será divulgado", declarou Abdelmalek Drukdel, segundo a transcrição do SITE.
"Toda forma de negociações sobre o tema será, na frente, apenas com nosso xeque Osama bin Laden(…) e segundo suas condições", completou o dirigente da AQMI.
O governo da França anunciou que está tentando confirmar a autenticidade da mensagem da AQMI.
Além disso, a chanceler francesa afirmou que a política do país não será ditada a partir do exterior.
"A França não aceita que sua política seja ditada a partir do exterior", afirmou Michele Alliot Marie. "A França faz todo o possível para que todos os reféns, onde quer que estejam, sejam liberados sãos e salvos", completou.
Osama bin Laden advertiu no fim de outubro que a França não viverá em segurança se não retirar as tropas do Afeganistão e acabar com as "injustiças" contra os muçulmandos.
A mensagem de áudio de Bin Laden foi interpretada pelos analistas como um cheque em branco para a AQMI, que reivindicou em setembro o sequestro de cinco franceses, funcionários do grupo Areva em Arlit (norte do Níger).
De acordo com fontes africanas e francesas, os reféns foram levadas para colinas de Timetrine, nordeste de Mali, a 100 km de Argélia.