A chegada da turnê de Under my skin, da cantora canadense Avril Lavigne – que passa por Porto Alegre (dia 21), Curitiba (dia 23), Rio de Janeiro (dia 24) e São Paulo (dia 25) –, está deixando adolescentes e pré-adolescentes em polvorosa. Espécie de Xuxa dos baixinhos “quase rebeldes”, a bela nascida em Napanee, em Ontario, começou a fazer sucesso aos 16 anos e não parou mais. Seu primeiro álbum, Let go, vendeu mais de 15 milhões de cópias e o mais recente, sete milhões. Por telefone, de Santiago do Chile, Avril, 20 anos, concedeu a seguinte entrevista a IstoÉ:

ISTOÉ – Seu primeiro show no Brasil será dia 21, em Porto Alegre. Quando você aterrissa em solo brasileiro e quais são seus planos?
Avril –
Chego no dia 20. Mas não tenho planos. Normalmente decido tudo no último minuto. Toco três ou quatro dias seguidos e estarei viajando direto, não dá para planejar muito (pausa). Hum…(reflexiva) Como é a comida por aí?

ISTOÉ – Variada. Vai de frutos do mar às melhores pizzas e massas, herança de influência italiana. Mas o cardápio diário é mesmo o arroz com feijão. Te apetece?
Avril –
Claro. Mas, como vegetariana, sou mesmo das saladas e sopas (pausa). Me fala uma coisa… Como está o tempo por aí? Faz muito frio?

ISTOÉ – Já é quase primavera e o tempo é bom. Nem frio nem calor.
Avril –
Então acho que eu vou pegar uma praia. Adoro praia!

ISTOÉ – Na sua opinião, qual é o clima perfeito para compor?
Avril –
Estar apaixonada ou com o coração dilacerado.

ISTOÉ – Você ouve música brasileira? Quais estilos e cantores?
Avril –
Na verdade, eu nunca escutei, mas quando chegar aí as pessoas vão me presentear com muitos CDs e DVDs.

ISTOÉ – Você tinha só 14 anos quando ganhou o concurso de uma rádio para
fazer um dueto com a diva country Shania Twain. Fale sobre esse dia.
Avril –
Foi uma das coisas mais loucas da minha vida. Me senti superconfortável no palco. Nunca havia tocado para tanta gente, mas fiquei supersegura. Sempre quis ser famosa. Ao pisar no palco com Shania, achei tão excitante que pensei: “Quero fazer meu próprio show.” Dois anos depois, eu já tinha realizado esse sonho.

ISTOÉ – E quanto ao dinheiro? Como você lida com isso? Ajuda instituições
de caridade?
Avril –
Ajudo sim. Ajudo uma instituição grande, chamada World Child, mas não quero falar mais sobre isso. Não quero ser mais uma dessas pessoas que vivem falando dessas coisas para se promover.

ISTOÉ – Aos 16 anos, você se mudou para Nova York e largou a escola. Como
você se sentiu ao tomar essa decisão?
Avril –
Me senti muito bem. Foi maravilhoso. Meus pais ainda me disseram para continuar estudando a distância, por correspondência, mas eu nunca fiz (risos).

ISTOÉ – Embora você não goste de ser modelo para os adolescentes, você acaba sendo. Largar a escola e declarar-se contra o estigma da universidade não pode ter um efeito ruim sobre seu público?
Avril –
Acho importante que as pessoas freqüentem a escola para encontrar um emprego melhor. Mas no meu caso é diferente. Eu tinha apenas 16 anos quando me ofereceram um contrato fabuloso. Parar para estudar seria um retrocesso.