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ma cerca de dois metros de altura foi instalada no local que reúne os líderes do G20 em Seul, ao mesmo tempo em que o governo sul-coreano estabeleceu uma grande operação de segurança para evitar os protestos anunciados por milhares de ativistas. No primeiro teste para o dispositivo de segurança, a polícia evitou que uma mulher de meia idade se imolasse na entrada da sede da reunião de cúpula. A mulher se molhou com tíner, um solvente químico altamente inflamável, perto da entrada do centro de convenções COEX, que na sexta-feira receberá os chefes de Estado e de Governo, mas a polícia conseguiu evitar que ela ateasse fogo. A mulher gritou "assassino", em referência ao presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, o anfitrião do encontro de líderes do G20 que começou nesta quinta-feira à noite com um jantar oficial. A mulher foi detida e a polícia não revelou o motivo do protesto.

Ativistas locais e estrangeiros que consideram o G20 um organismo que representa os ricos do planeta pretendem fazer uma passeata no centro de Seul. Os organizadores afirmaram que esperam a presença de 10.000 pessoas no protesto e que pretendem se aproximar o máximo possível do Museu Nacional, local do jantar oficial. "Tentaremos manter este protesto não violento se a polícia proteger nosso direito de caminhar", disse à AFP Lee Chang-Geun, secretário-geral do grupo denominado Ação de Resposta ao G20 do Povo Coreano.

A Coreia do Sul recebe com o G20 a maior reunião diplomática de sua história e a cidade de Seul foi especialmente preparada para a ocasião. O governo mobilizou 50.000 policiais e aprovou uma lei especial que restringe os protestos em áreas próximas aos locais que recebem os líderes participantes.

PRESIDENTE LULA

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Seul por volta das 3 horas da madrugada de hoje (horário de Brasília), ou 14 horas na Coreia do Sul, dizendo-se disposto a negociar muito nas reuniões do G-20 e não a brigar. "Venho para negociar. Não tenho mais idade para brigar", disse Lula. A reunião de líderes das 20 maiores economias do mundo vai até amanhã.

O Brasil acusa os Estados Unidos de promoverem uma guerra cambial no mundo, ao provocarem artificialmente a queda do dólar. O Brasil é um dos países mais prejudicados, porque é o que tem a moeda mais valorizada entre todos os membros do G-20. Lula se queixou de cansaço e disse que a viagem da África até Seul foi estafante.

Ele encontrou pelo caminho o menino Fábio Schneider, de nove anos, que pretendia conversar sobre o desejo que tem de ser presidente do Brasil no futuro. Mas Lula não teve tempo de dar a devida atenção ao garoto. Deu apenas um autógrafo no papel do menino. Antes, o garoto, que é filho de Fábio e de Cristine, residentes em Seul há quatro anos, havia conversado com a presidente eleita, Dilma Rousseff, sobre sua vontade de se tornar presidente.

GUERRA CAMBIAL

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Os líderes das 20 economias mais poderosas do planeta abriram nesta quinta-feira à noite em Seul a reunião de cúpula destinada a corrigir os desequilíbrios cambiais que afetam o comércio mundial.

A quinta reunião de cúpula dos países desenvolvidos e emergentes teve início com um jantar oficial oferecido pelo presidente sul-coreano Lee Myung-bak no Museu Nacional da Coreia do Sul, com uma primeira sessão de trabalho centrada na situação da economia mundial. A reunião do G20, a primeira em um país emergente, chegará ao fim na sexta-feira à tarde.