O entrevistado para as páginas vermelhas desta edição, professor Muniz Sodré, defende a tese de que a divergência ajuda, e não atrapalha. Sodré refere-se à polêmica envolvendo governo e imprensa a respeito do projeto de conselho disciplinador enviado ao Congresso. A entrevista concedida a Francisco Alves
Filho, da sucursal do Rio, é uma aula de bom senso. Muniz Sodré, que é doutor em comunicação social, professor da Escola de Comunicação da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e eleitor de Lula, disse também, com estranheza, que o governo fica
indignado pelo fato de haver a denúncia, e não pelo fato denunciado. O professor
se refere ao caso do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Depois
que vieram a público as denúncias de ISTOÉ e, em um segundo momento, as da revista Veja, ele recebeu como prêmio uma novíssima blindagem, à prova de imprensa e outras chateações, como nos mostra a reportagem de Luiz Cláudio Cunha e Weiller Diniz, da sucursal de Brasília.

O professor Muniz Sodré também leu com atenção a última edição de ISTOÉ e, portanto, elogia o ex-deputado Ibsen Pinheiro pelo fato de rejeitar a censura, apesar de ter sido vítima de erro jornalístico. Já a revista Veja não dispensou a devida atenção à última edição de ISTOÉ, o que propiciou a produção de um texto, em sua edição online, repleto de erros e demonstrações de descortesia.

Além disso, nesta edição, publicamos reveladora entrevista com Aguinaldo Silva, autor do sucesso da Globo Senhora do destino. Também falamos sobre a nossa modesta performance na Olimpíada, assim como o inacreditável e emocionante sucesso da Seleção Brasileira no Haiti. Já para a capa desta edição o assunto escolhido foi o transtorno do pânico, uma doença que atinge quase quatro milhões de brasileiros. Boa leitura. Sem pânico. Com tranquilidade.