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A arqueologia está em festa. Foi encontrada uma nova peça do intrincado quebra-cabeça que remonta a um dos povos mais controversos que já existiram na face do planeta: os vikings. O mais curioso, no entanto, é como essa raridade foi achada – pode-se dizer que alguém tropeçou nela. Munidos de um simples detector de metal, David e Andrew Whelan (pai e filho) praticavam o seu hobby de procurar objetos antigos quando, de repente, o detector “berrou”. E foi assim que os dois arqueólogos se viram diante de um tesouro viking avaliado em 750 mil libras (o equivalente a R$ 3 milhões). Conhecidos como guerreiros-marinheiros da Escandinávia, os vikings invadiram e colonizaram as costas da Europa e as Ilhas Britânicas no século IX. Eram conhecidos principalmente como um povo de terror e destruição e viveram na Idade do Ferro (período medieval), quando objetos que brilhavam enchiam os seus olhos. Para não serem roubados, eles tinham o costume de enterrar tesouros, e foi isso que fizeram com uma jarra fabricada na França na primeira metade do século IX. Dentro dela havia 617 moedas de prata e braceletes de ouro. O que os vikings não imaginavam é que, tantos séculos depois, a jarra seria “denunciada” por um detector de metal inimaginável naquela época. RELÍQUIA A jarra com 617 moedas de prata e braceletes de ouro são a mais importante descoberta recente sobre os vikings.

 

 

 

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Há mais de cinco anos que a família Whelan procura objetos antigos — até então sem sucesso. “Nunca desistimos. Encontrar um tesouro é um sonho antigo que tenho desde pequeno e o transmiti para meu filho”, diz David. O que eles não supunham é que naquela tarde o sonho se tornaria realidade. Conforme passaram o detector, um sinal soou no aparelho indicando um grande volume de metais enterrados. Ao vasculhar, veio a surpresa. Empolgados com a possibilidade de terem encontrado algo de valor para a história, levaram a descoberta até os especialistas do Museu Britânico. “O tamanho e a quantidade desse tesouro são extraordinários, transformando-o na descoberta mais importante da arqueologia no que diz respeito aos vikings”, disse Jonathan Williams, mantenedor do setor de Pré-História Européia do Museu Britânico, para onde o tesouro foi transferido.