08/07/2021 - 16:41
No último dia 5 (segunda-feira) um grupo de 30 adolescentes foram a causa do cancelamento de um voo nos Estados Unidos após se recusarem a usar máscaras de proteção contra a covid-19. Esse tipo de incidente se tornou bem comum no país, sendo que 2.475 casos de passageiros que se negavam a usar máscara foram registrados pela agência de aviação norte-americana.
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Aqui no Brasil o simples pedido de uso de máscara também já gerou muita confusão, e relembramos abaixo outras 11 brigas motivadas pelo item de proteção.
No posto de saúde
Em março, um médico psiquiatra agrediu uma mulher após ela ter pedido que ele colocasse a máscara em um posto de saúde em Piracaia (SP). Segundo a professora Lia Costa, ela estava acompanhando uma conhecida quando viram Eduardo Portieri andando pelo local sem máscara. Ao serem abordadas pelo médico, ele se recusou a atender os pacientes e a colocar a máscara.
Nesse momento Lia passou a gravar a altercação, em um vídeo que mostra o psiquiatra ameaçando processá-la e puxando o celular de sua mão de forma agressiva. A professora fez um boletim de ocorrência e disse que a Polícia Militar não atendeu seu chamado.
Na praia
A advogada Celeste Gouvea foi autuada pela Guarda Civil Municipal de Santos (SP) após se recusar a usar máscara na Praia do Gonzaga. Segundo informações do jornal A Tribuna, a mulher é contra a vacinação e acredita que a única forma de evitar pegar o coronavírus é realizando exercícios, fazendo tratamento precoce e tomando sol. Ela ainda disse que não irá se vacinar porque não se considera “cobaia”.
No avião
Uma passageira foi detida pela Polícia Federal em junho após se recusar a usar máscara em um voo da Azul que saia de São Paulo com destino ao Rio de Janeiro. Foi postado um vídeo nas redes sociais mostrando a tripulação imobilizando a passageira antes da PF chegar.
No consultório
Mais um caso de médico que se recusou a usar máscara durante consulta em Franca (SP). Mesmo com a paciente pedindo para o profissional colocar a máscara, ele continua a dizer que não irá colocá-la e afirma “Eu não vou usar, não tem jeito. Me prende então.”
Uma funcionária do local afirmou ao Uol que esse mesmo médico não usa máscara em nenhuma consulta e assusta os pacientes negando a gravidade da doença e a necessidade de protocolos sanitários.
Nem policial se comporta
Outro caso em Santos (SP) aconteceu em abril desse ano, quando um capitão da Polícia Militar foi multado em R$ 300 por se recusar a usar a máscara de proteção em público. Na ocasião, o policial foi abordado pela Guarda Civil Municipal, que por sua vez precisou chamar a Polícia Militar porque o militar se recusava a passar seus dados para a multa.
Na garagem do prédio
Não são apenas em lugares públicos que confusões acontecem por conta de pessoas que se recusam a usar máscara. No último dia 7 de julho (quarta-feira) uma idosa de 62 anos foi agredida na garagem de seu prédio por uma vizinha que se recusava a colocar a máscara no bairro Higienópolis, em São Paulo.
Nas filmagens do circuito interno do condomínio, é possível ver que a agressora partiu para cima da aposentada com chutes, mesmo depois de a derrubar no chão. A vítima fez boletim de ocorrência, exame de corpo de delito e pretende solicitar pedido de medida protetiva contra a vizinha.
Na padaria
Em junho deste ano, a funcionária de uma padaria foi espancada em Palmares (SP) após pedir para um cliente colocar a máscara de proteção. O agressor estava com a máscara no queixo quando a vítima pediu para que ele a colocasse adequadamente no rosto, cobrindo o nariz e a boca. Após o pedido, o homem invadiu o balcão de funcionários e passou a agredi-la com socos, chutes e joelhadas.
A mulher precisou passar por cirurgia no hospital, onde foi constatado que ela quebrou um braço, além de sofrer diversos outros hematomas.
Acontece na gringa também
Durante um voo da companhia norte-americana Southwest, uma mulher agrediu uma comissária de bordo que pediu para que a passageira e sua família usassem corretamente suas máscaras. Alterada, a agressora passou a socar a comissária, fazendo que a mesma perdesse dois dentes. A passageira chegou a ser presa, mas foi liberada após pagar fiança de US$ 35 mil.
No metrô
Em maio, acontecia uma manifestação Pró-Bolsonaro no Rio de Janeiro quando Maria Clara Pedroso pegou o metrô e encontrou com diversos manifestantes no metrô sem máscara. Ao perceber que além de não estarem usando o item de proteção eles também estavam gritando palavras em apoio ao presidente, ela decidiu se retirar do vagão. Antes de sair, entretanto, ela alertou uma das manifestantes que ela estava sem máscara.
Nesse momento, Maria Clara passou a ser hostilizada pelos outros apoiadores de Bolsonaro e a mulher que ela avisou sobre a máscara puxou seu cabelo com força. Apesar de a vítima sido socorrida pelos seguranças do metrô, a agressora fugiu da cena.
Já teve até mordida
Uma mulher foi presa em Cidade Ocidental (GO) após recusar usar a máscara dentro de um supermercado da cidade. Ao ser abordada por policiais militares sobre o uso do item de proteção, a agressora ameaçou os policiais com uma faca, que a imobilizaram. Enquanto estava caída, ela ainda mordeu e arranhou um dos agentes. Depois do ocorrido ela foi encaminhada para o presídio feminino local.
No mercado
Em fevereiro, o gerente de um mercado em Curitiba (PR) foi agredido por um cliente com um skate após pedir para o mesmo usar a máscara de proteção dentro do comércio. Ao ser abordado pelo funcionário, o agressor saiu da loja e voltou com o skate. A vítima precisou levar cinco pontos no rosto e registrou boletim de ocorrência.
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