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SEM CARTÃO
Em países como o Japão, até refrigerantes
podem ser comprados com o celular

 

O dia em que o celular vai substituir os cartões de débito e crédito está cada vez mais próximo. Há mais de um ano, as operadoras de telefonia tentam popularizar o novo meio de pagamento, mas são raros os estabelecimentos que aceitam receber pelo celular no lugar do cartão, e pouquíssimos os clientes que têm acesso a essa tecnologia. Mas, agora, empresas e instituições financeiras tiveram permissão da Anatel para se associar às teles e assim difundir a nova modalidade. O Banco do Brasil, a Caixa, o Bradesco, o Itaú e o Santander darão início a seus projetos para ampliar o uso do celular. “Para o consumidor, será um conforto a mais. A tendência é que o celular substitua tudo, o dinheiro e os cartões. É um sistema seguro que, dependendo do modelo do celular, terá até autenticação de voz e biométrica”, explica o diretor-executivo de tecnologia do Santander, Claudio Prado. Segundo ele, os clientes do banco terão acesso ao sistema a partir do segundo semestre de 2011.

O Banco do Brasil anunciou uma aliança com a Oi, para oferecer aos 60 milhões de clientes da operadora a possibilidade de efetuar todas as compras com celular pelos próximos 20 anos. BB e Oi vão criar uma marca de cartão de crédito que será usado tanto no meio móvel quanto no físico. De acordo com o diretor de cartões do BB, Denílson Gonçalves Molina, nessa parceria, o banco busca atingir a baixa renda, que usa o celular pré-pago. A operação será simples. Em vez do cartão, o comerciante digitará o número do celular e o valor da compra, e discriminará as operações à vista, a prazo e o número de parcelas. No mesmo instante, o cliente receberá uma mensagem de texto, pedindo sua senha. O BB garante que o sistema é seguro. “Vamos expandir esse sistema no Brasil”, afirma Molina.

As grandes empresas varejistas também estão empenhadas em massificar o uso no celular. Assim como os bancos, Pão de Açúcar, Casas Bahia, Carrefour e Casas Pernambucanas têm projetos para entrar nesse mercado com as operadoras Claro, Oi, TIM e Vivo. Segundo o analista de mídia e telecom da consultoria Accenture, Ricardo Distler, a expectativa é de que a entrada desses novos players agreguem sofisticação aos negócios. “Um supermercado, por exemplo, poderá oferecer um celular com sua marca que tenha funções diferenciadas, como um aplicativo que crie uma lista de produtos para compras pelo celular e que permita pagar a despesa”, explica Distler. A partir de 2011, a facilidade estará ao alcance de todos os consumidores.

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