Provocar uma briga cinematográfica entre o gosmento Alien e o laminado Predador era uma idéia tão antiga e rentável quanto opor nas telas os aterrorizantes Jason e Freddy Kruger. Tanto é que Alien vs. Predador (Alien vs. Predator, Estados Unidos, 2004), que tem estréia nacional na sexta-feira 3, em duas semanas de exibição já soma mais de US$ 60 milhões na bilheteria americana. Mas os fãs de duas das maiores marcas da recente ficção científica não devem se iludir com os números. Assinado por Paul W.S. Anderson – não confundir com o ótimo diretor de Magnólia e Embriagado de amor – , o filme é um fracasso do início ao fim.

A princípio, a história promete lances de suspense e ação ao acompanhar um  grupo de cientistas, arqueólogos e mercenários na missão de investigar um aumento de calor nas profundezas da Antártica. O fenômeno está ligado à  existência de uma pirâmide subterrânea, cuja curiosidade é somar elementos maias, egípcios e cambojanos. Passado o encanto da descoberta, a expedição descobre com pânico que lá se encontra presa uma rainha Alien, cuja desova é controlada pelos inimigos Predadores. É quando começa a sucessão de barbaridades. A certa altura do enredo óbvio, os personagens vão tombando um a um, sem deixar saudade. Até mesmo o que seria o ponto alto do filme, a esperada briga entre os inimigos alienígenas, decepciona. É uma sequência tão mal filmada que dificulta a compreensão do que está acontecendo.