A menos de um mês das eleições, o tom e o ritmo das campanhas, num crescendo, vêm se acirrando. Em São Paulo, com a estréia do ministro Palocci nesta semana que passou, torna-se realidade a sempre negada, pelo governo, federalização da disputa. E a prefeita Marta, candidata dos petistas à reeleição, à medida que vai entregando as obras que transtornaram a cidade, também aumenta a intensidade das críticas ao seu principal adversário, o tucano José Serra. A prefeita chegou a repetir as infelizes ameaças feitas pelos tucanos na campanha presidencial que acabaram levando à criação, pelos petistas, do mote “a esperança vai vencer o medo”. Se os petistas se fortaleceram com a participação de Palocci, aguarda-se para breve no córner tucano – já fortalecido com a figura do governador Alckmin – a presença de Fernando Henrique Cardoso.

Tirando o teor folclórico e quase cult de algumas das peças apresentadas no horário eleitoral gratuito, o que se espera é que as campanhas sejam úteis para que o eleitor escolha bem quem vai governar sua cidade e não ultrapassem a paciência da população, já empurrada muito além do limite.