Certas vezes, as fronteiras entre arte e ciência simplesmente desaparecem. A explosão de cores de uma galáxia capturada por um telescópio espacial ou a linguagem musical das baleias são apenas dois exemplos superlativos desse fenômeno. Mas há quem prefira buscar o belo em escala muito menor. Na semana passada, foram anunciados os vencedores da edição 2010 do concurso Nikon Small World. Realizado há 36 anos, ele premia as melhores imagens microscópicas captadas por cientistas e fotógrafos de todo o planeta.

Neste ano, o número 1 entre os mais de 2.200 trabalhos inscritos alcançou o topo graças ao inusitado. O que parece ser as linhas de um monitor cardíaco, daqueles usados para acompanhar pacientes em hospitais, é uma foto das fibras do coração de um mosquito, realizada com o auxílio de reagentes fluorescentes e ampliada 100 vezes. “Meu trabalho é entender como os mosquitos transportam nutrientes, hormônios e doenças como a malária”, diz o autor da imagem, o pesquisador da Universidade Vanderbilt (EUA) Jonas King. Mãos à obra.

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