000T_TRMvd1354982.jpg

Com 99,38% dos votos apurados, o que corresponde a mais de 134 milhões de eleitores, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, lidera a disputa com 46,79% dos votos válidos. José Serra (PSDB) tem 32,66% e Marina Silva (PV), 19,40%. O resultado confirma que a disputa para o Palácio do Planalto será decidida em segundo turno. Os demais candidatos ainda não ultrapassaram a marca de 1%.
A realidade contraria mesmo a previsão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT e da própria candidata, que vinham tendo uma posição otimista em relação à possibilidade de a disputa ser definida logo no primeiro turno, com resultado favorável para Dilma.

Estados já definidos
Amazonas
O governador Omar Aziz (PMN) foi reeleito em primeiro turno no Amazonas com 63,19% dos 89,13% dos votos apurados até as 19h30 (20h30 de Brasília). A vantagem foi larga, mais de 30 pontos porcentuais, em relação ao segundo colocado, o senador Alfredo Nascimento (PR), que conquistou 25,82% dos votos válidos. "Fizemos uma campanha propositiva, sem baixarias, e amanhã é acordar e dar continuidade ao trabalho", disse o governador ao confirmar a vitória.
A primeira vaga do Senado, conforme previsão de todas as pesquisas eleitorais divulgadas no Estado, ficou para o ex-governador Eduardo Braga (PMDB), com 41,82% dos votos até as 20h30 (de Brasília).
Durante a apuração, os candidatos à segunda vaga Arthur Virgílio (PSDB) e Vanessa Grazziotin (PCdoB) apareceram empatados e alternando o segundo lugar, mas Vanessa abriu vantagem e, às 20h30, conquistava 22,41% dos votos contra 22,26% de Virgílio.
Nascido em São Paulo, Aziz tem 52 ano e é engenheiro civil. Começou na política como líder estudantil, foi secretário de governo e deputado estadual. Por duas vezes foi vice-prefeito de Alfredo Nascimento e duas vezes vice-governador de Eduardo Braga, de quem herdou o governo em abril deste ano.

Minas Gerais
O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), 49 anos, reelegeu-se hoje com uma vitória tripla. Além de vencer o ex-ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), na corrida pelo governo, praticamente dizimou a cúpula do PT mineiro que disputou as eleições, e ainda impôs uma derrota pessoal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Foi graças ao prestígio político do ex-governador Aécio Neves que Anastasia estreou nas urnas com a vitória da chapa completa do PSDB. Aécio chega ao Senado como expoente do segundo maior colégio eleitoral do País, elegendo-se senador em dobradinha com o aliado Itamar Franco (PPS).

Rio de Janeiro
O candidato do PMDB ao governo do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral garantiu sua reeleição para o cargo antes mesmo do encerramento da apuração. Com 85,3% das urnas apuradas, Cabral já recebeu 65,91% dos votos válidos, o que impede Fernando Gabeira (PV), que vem em segundo lugar com 21,39%, de levar a eleição fluminense para o segundo turno.

Distrito Federal
Faltando menos de 5 mil votos, a apuração indica que deve haver segundo turno no Distrito Federal. Com 99,75% das seções apuradas, o candidato do PT ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, aparece com 48,43% dos votos válidos. Weslian Roriz (PSC), esposa do ex-governador do Estado Joaquim Roriz, está em segundo lugar, com 31,48%. Toninho do PSOL, em terceiro, registra 14,25% dos votos. Eduardo Brandão, do PV, tem 5,64%.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Rio Grande do Sul
O ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) é o governador eleito do Rio Grande do Sul. Com 88,68% dos votos apurados, ele tem 54,25% dos votos válidos e não pode mais ser alcançado por José Fogaça (PMDB), que tem 24,76%, e Yeda Crusius (PSDB), que tem 18,45%. O PT também reelegeu o senador Paulo Paim. A outra vaga para o Senado foi conquistada por Ana Amélia Lemos, do PP.

Paraná
O ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) foi eleito governador do Paraná com 52,47% dos votos válidos (dados do TSE das 20 horas). Pela manhã, ele já havia previsto que dificilmente a disputa iria para o segundo turno, em razão da polarização que se criou entre ele e o candidato do PDT, Osmar Dias. Esta é a segunda vez que ambos disputaram eleição para o governo estadual. Richa tinha sido derrotado em 2002, enquanto Dias perdeu em 2006.

Mato Grosso do Sul
O atual governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), foi reeleito para um novo mandato. Pucinelli tem 56,08% dos votos válidos, com 99,13% da apuração já concretizada. Os outros concorrentes, Zeca do PT (PT) e Nei Braga (PSOL) ficaram com 42,40% e 1,51% dos votos, respectivamente.

Espírito Santo
Fechando o mandato com sua alta popularidade intacta, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), vai passar a cadeira para um aliado. O senador Renato Casagrande (PSB) foi eleito governador hoje com 82,2% dos votos válidos dos capixabas, superando o recorde do próprio Hartung, que foi o governante reeleito com o maior porcentual em 2006: 77,2% dos votos.
O ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que já foi aliado de Hartung, teve a adesão de apenas 15,5% do eleitorado. Brice Brigato (PSOL) teve 2,1%. A apuração no Estado foi uma das mais rápidas do País, tendo atingido 97% das urnas apuradas às 19h30.
Com mais de 1,4 milhão de votos, Casagrande ainda roubou um pouco do brilho da reeleição do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), presidente do partido dele, que também foi recordista com mais de 80% dos votos.

Pernambuco
Com 89,03% das urnas apuradas, o candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Eduardo Campos, lidera com 82,43% dos votos válidos e está matematicamente reeleito, segundo o último boletim divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em um distante segundo lugar aparece Jarbas Vasconcelos (PMDB), com 14,31%. Em terceiro vem Sério Xavier (PV), com 2,18%.

Goiás
A disputa pelo governo de Goiás será decidida em segundo turno, no próximo dia 31, entre dois ex-governadores. Com 99,4% dos votos apurados, o tucano Marconi Perillo obteve 46,03% dos votos válidos, enquanto o peemedebista Iris Rezende somou 36,35%. Em terceiro ficou o pepista Vanderlan Cardoso, ao somar 16,67%.
Os votos brancos e nulos somaram 9,20% e abstenção foi de 17,94%. E o resultado confirmou, afinal, pesquisa de boca-de-urna Ibope/TV Anhanguera. Mas surpreendeu Iris Rezende. Ele duvidou, durante a votação, do resultado das indicações das pesquisas. E disse acreditar que venceria no 1º turno. "A vontade é da maioria e, com humildade, devemos respeitar e acatar a opinião da maioria", disse na porta de sua casa nesta noite.
Outro que chegou a anunciar que seria "uma surpresa" na votação, Vanderlan Cardoso também foi enquadrado nos dados da pesquisas. Marta Jane (PCB) afirmou, em entrevista coletiva, que seu partido não apoiará PSDB ou PMDB no segundo turno. A campanha, disse ela, foi uma oportunidade para mostrar que "o projeto de esquerda não está morto". Outro candidato, Washington Fraga (PSOL), obteve votação inexpressiva.

Bahia
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), conseguiu uma vitória tripla na eleição deste domingo. Além de conquistar a reeleição com margem mais ampla do que a revelada em todas as pesquisas ao longo da campanha – até as 21 horas, com 80,87% dos votos apurados, tinha 63,44% dos votos válidos -, conseguiu eleger os dois candidatos ao Senado de sua chapa, Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB). E também de forma mais tranquila do que previam as pesquisas.
Segundo as pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas na noite anterior ao pleito, Wagner teria, respectivamente, 61% e 58% dos votos válidos – e, logo depois de votar, ainda durante a manhã, o governador disse que deveria ter uma "liderança mais folgada" por causa do trabalho de boca de urna da militância de seu partido. "Nossa militância é muito forte", avaliou.
O governador afirmou que vai descansar nesta segunda-feira e, a partir de terça, voltará a despachar normalmente. "É uma reeleição, então daremos continuidade", informou, sem dizer se há mudanças previstas para o segundo mandato. "A partir de terça-feira, voltarei a despachar na governadoria e vamos ter três meses para avaliar possíveis alterações (no governo)."

Santa Catarina 
Contrariando os índices de pesquisas que apontavam uma disputa em segundo turno para governador em Santa Catarina, o candidato democrata Raimundo Colombo, de 55 anos, venceu a eleição em primeiro turno. Ele conquistou 52,74% dos votos válidos (num universo de 4.536.718 eleitores em Santa Catarina). Ângela Amin (PP) terminou a disputa com 24,89%, e Ideli Salvatti (PT) com 21,90% dos votos válidos.
Senador licenciado, ex-deputado federal e estadual, Colombo ganhou destaque por sua administração como prefeito de Lages, a maior cidade da região serrana do Estado, por três mandatos. Ao comemorar o feito na cidade, ele demonstrou surpresa com a vitória obtida no primeiro turno quando perguntado sobre a composição de seu governo. "Eu estava me preparando para o segundo turno", disse. "Ficou bom, pois terei mais tempo para refazer meus planos nesta questão, inclusive trabalhar com bom senso e equilíbrio dentro de nossa composição partidária para apoiar José Serra na eleição para presidente", acrescentou.
O democrata prometeu um governo técnico fundamentado no respeito e princípios de vida comunitária para a população catarinense. "Será um governo em que todos serão tratados com igualdade", declarou.

Sergipe
O governador de Sergipe, Marcelo Déda, PT, foi reeleito com 52,07% dos votos válidos, enquanto o seu adversário, o ex-governador João Alves Filho, DEM, obteve 461.577 votos, o que representa 45,21% dos votos válidos. Mesmo antes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) concluir a apuração, os correligionários de Marcelo Déda, já faziam festa na avenida Barão de Maruim, uma das principais de Aracaju. O governador acompanhou a apuração de sua residência, ao lado da família.

Tocantins 
Não foi nenhuma novidade para quem nasceu lá. O ex-governador Siqueira Campos (PSDB) venceu a eleição para governador do Tocantins, com 50,52%, contra os 49,84% do governador Carlos Gaguim (PMDB), que disputava a reeleição.
Siqueira Campos baseou sua campanha no combate à corrupção, e na volta de um projeto que, na definição dele mesmo, representa o crescimento de um Estado investidor. Ao final da apuração, os partidários da eleição de Siqueira Campo fizeram uma grande manifestação pelas ruas de Palmas, sem se envolver em nenhuma confusão.

Piauí 
A eleição do Piauí vai ser decidida em segundo turno. O governador Wilson Martins (PSB), candidato à reeleição, e o candidato pelo PSDB, Silvio Mendes, disputarão o novo pleito. O PSDB tende a se unir ao PTB, numa coligação branca, porque não será formalizada, operando o Movimento 59, a soma do número das duas siglas, para enfrentar o governador Wilson Martins. O Piauí tem um eleitorado de 2.263.834 eleitores.
Até as 21 horas de hoje, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado tinha totalizado 81,59% dos votos, sendo que foram apuradas 6.057 seções eleitores e apurados 81,95% dos votos. Martins tinha 590.523 mil votos, o correspondente a 45,87% dos votos. O tucano Mendes obteve 401.812 mil votos, o equivalente a 31.21%, e o petebista João Vicente Claudino tinha 268.500, o que equivale a 20,86% dos votos. Teresa Britto (PV) teve 20.847 votos, 1,62% do eleitorado votante.
O governador Martins disse que começa uma nova eleição e trabalhará mais na disputa. Ele, que acompanhava a apuração no Clube dos Economiários, dos servidores da Caixa Econômica, disse que o povo é quem decide e ele respeita a vontade do povo. "A luta continua, temos uma campanha propositiva e queremos manter a ética", afirmou, reclamando que sofre muitas criticas porque é candidato e gestor público.
O ex-prefeito de Teresina, Silvio Mendes, disse que só falaria à imprensa depois do encerramento da votação, quando falaria sobre planejamento para o próximo turno. "Não sou atrevido, mas estou feliz", comentou.


Rondônia
O ex-prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura (PMDB), recebeu cerca de 45% de votos para governador em Rondônia e disputará o segundo turno com o atual governador João Cahulla (PPS), que teve mais de 35%. Em terceiro lugar ficou o petista e ex-deputado federal Eduardo Valverde, com 18%. A abstenção no Estado foi de mais de 20%.
Os votos do candidato Expedito Júnior (PSDB), que poderiam alterar o quadro, não foram divulgados, pelo fato de sua candidatura estar sob apreciação judicial. Ele teve sua candidatura barrada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pois foi cassado quando era senador por ter comprado votos nas eleições de 2006.

Mato Grosso
O candidato à reeleição ao governo de Mato Grosso, o governador Silval Barbosa (PMDB) venceu no primeiro turno as eleições no Estado. Durante a apuração, os votos foram disputado um a um com o segundo colocado, Mauro Mendes (PSB). O terceiro colocado foi candidato tucano, o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos.

São Paulo
O maior colégio eleitoral do País apostou, mais uma vez, na continuidade dos tucanos na gestão do Estado e elegeu, neste primeiro turno, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) para dar sequência aos 16 anos de governo da legenda em São Paulo. Na linha da continuidade que os eleitores referendaram, o tucano pretende dar prosseguimento às realizações de seu antecessor, José Serra, mas com um viés de inovação. O candidato foi eleito com 50,64% dos votos.
O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Antonio Carlos Rodrigues (PR), suplente da candidata ao Senado Marta Suplicy (PT), disse que o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Walter de Almeida Guilherme, informou a ele e a advogados do PT que mesmo que os votos recebidos dos dois candidatos Paulo Bufalo (PSOL) e Macha (PSTU) fossem computados, o número não seria suficiente para evitar uma vitória de Alckmin, já neste primeiro turno.
O candidato do PT, Aloizio Mercadante, teve 35,22% dos votos. 

Pará
Os números do Tribunal Eleitoral do Pará apontam um segundo turno entre os candidatos Ana Júlia Carepa (PT) e Simão Jatene (PSDB). Com 91, 36% dos votos apurados, a diferença é de 18 mil votos. Jatene tem 49,57% dos votos válidos; Ana Júlia, 35,20%, mas os votos dos candidatos Domingos Juvenil (PMDB), Fernando Carneiro (Psol) e Cleber Rabelo (PSTU), juntos, alcançam 15,23%, o que torna possível o segundo turno.
A diferença entre Jatene e os demais candidatos começou a cair quando votos de regiões como sul e oeste do Estado fizeram subir os percentuais em favor de Ana Júlia e Juvenil. Em uma nova eleição, a governadora e seu opositor irão disputar também o apoio do mais cortejado aliado, o PMDB do deputado federal Jader Barbalho.
A dúvida é se Barbalho voltará a se unir a governadora, com quem rompeu a aliança vitoriosa construída na eleição de 2006, acusando Ana Júlia de "não honrar compromissos". Jatene também não pode apostar no apoio de Barbalho porque o PSDB é adversário do PT no plano federal.
O líder do PMDB paraense, contudo, tem reiterado que o caso regional tem peculiaridade e conveniências políticas que não são as mesmas entre os aliados federais. Em resumo: ainda não é hora de Barbalho dizer com quem seu partido marchará no segundo turno. Ele tem razões que até eventuais aliados desconhecem.

Maranhão
Por uma margem pequena de votos, a governadora do Maranhão e candidata à reeleição, Roseana Sarney (PMDB), venceu ontem as eleições em primeiro turno. Roseana obteve pouco mais de 50% dos votos válidos. Sua reeleição representa a manutenção no Estado da oligarquia Sarney pelos próximos quatro anos. Esta é a quarta vez que a peemedebista vai governar o Maranhão.
O suspense da vitória de Roseana em primeiro turno foi mantido praticamente até o final da apuração das urnas do Estado. Havia uma possibilidade de que ela fosse para o segundo turno com o candidato do PC do B, o deputado Flávio Dino. O comunista obteve 29% dos votos. O ex-governador cassado Jackson Lago, do PDT, ficou em terceiro lugar, com 19% dos votos.
"Não temo nada. Já fui para o segundo turno outras vezes", disse Roseana, ao votar ontem pela manhã num colégio no centro de São Luís.
 


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias