Nobres cientistas nem sempre são tão nobres assim quando concorrem entre si. Acabam de ser reveladas diversas cartas trocadas na década de 1950 entre os pesquisadores Francis Crick, James Watson e Maurice Wilkins. Até então eles eram considerados os “pais” da descoberta da estrutura de dupla hélice do DNA. A correspondência mostra, no entanto, que também houve uma “mãe” nessa história: a bióloga britânica Rosalind Franklin. Ela foi pioneira na obtenção da imagem do DNA. Ficou meses com esse material, mas não observou as hélices. Teve tais imagens furtadas por um aluno que as levou a Crick e Watson. Eles observaram a dupla hélice, atribuíram a si todo o mérito e jamais citaram o nome de Rosalind. Ganharam Nobel, fama e dinheiro. Rosalind morreu no anonimato.