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ZAPPING “Vampiro Carioca”, com Fausto Fawcett (acima),
“Um Pé de Quê?” , de Regina Casé, e “Melancia e Bicicleta” (abaixo)

Se os melhores perfumes vêm nos menores frascos, os telespectadores podem comemorar: a tevê brasileira embarcou na onda dos programas de no máximo 15 minutos. A tendência foi deflagrada por uma atração que se chamava justamente “15 Minutos”. Na trilha dela veio toda uma programação em canais a cabo. No Multishow, a série teen “Bicicleta e Melancia” estreia neste mês. “Existe uma nova forma de assistir à tevê, principalmente entre os espectadores jovens”, diz Christian Machado, gerente do canal, que ainda lança dois projetos nessa linha em novembro. A primeira investida do Multishow nesse formato foi em 2008, com a revista eletrônica adulta “Sexshake”. Um ano depois, apostou-se em mais dois programas. Em 2010 já são cinco estreias. A nova onda não significa o fim dos programas longos. “O formato tradicional não perdeu seu espaço. Trata-se de mais uma opção”, diz Machado.

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Em certos casos, a opção surge pela necessidade. No Canal Brasil, cuja grade é, na maior parte, composta por filmes, havia buracos que precisavam ser preenchidos – e os programetes caíram como uma luva. O canal colocou no ar “Vampiro Carioca” e “Na Trilha de Macunaíma”. Neste mês estreia “Elvirão ou Como Vovó Já Dizia”. “São programas mais baratos e, por isso, mais experimentais”, diz o diretor Paulo Mendonça. Ainda nessa linha vê-se no Canal Futura “Um Pé de Quê?”, derivado do programa ­homônimo, de maior duração, com Regina Casé. O gerente João Alegria concorda com Mendonça no que diz respeito à experimentação: “A exigência de concisão leva à inovação de ­linguagem.” O barateamento, contudo, não acontece no caso do Multishow. “Aumentamos a produção, empregando mais gente e usando mais equipamento”, diz Machado.
 

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