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No segundo dia da greve dos bancários, 24,7% das agências do País (4.895 de um total de 19,8 mil) não abriram as portas, segundo informou nesta sexta-feira a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A quantidade de unidades que aderiram à greve nessa quinta-feira é 26% maior que no primeiro dia de paralisação, quando 3.864 agências não trabalharam. Além das agências, a maior parte dos centros administrativos não está operando. A Contraf-CUT, no entanto, não sabe dizer quantos estão parados.
Os bancários cruzaram os braços com o intuito de conseguir reajuste salarial de 11%. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no entanto, oferece como reajuste a reposição da inflação – ou seja, 4,29%. Magnus Ribas Apostólico, diretor da Fenaban, afirma que os banqueiros estão dispostos a negociar e garante que o sindicato dos bancários não quer conversar. "Eles só falam: 11%, 11%, 11%. Esse reajuste não vai ocorrer", diz.
Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, diz o contrário. "Os banqueiros não querem negociar. Eles têm os maiores lucros do País e oferecem a reposição da inflação? Isso nós não queremos." Para pressionar a Fenaban, os bancários fizeram uma passeata no fim da tarde dessa quinta-feira no centro de São Paulo.
A Fenaban diz que está preocupada com a continuidade da greve nesse sábado, dia de pagamento das aposentadorias. Juvandia retruca: "Se os banqueiros estivessem preocupados, negociariam um reajuste coerente". A recomendação para os aposentados é sacar os recursos no caixa eletrônico ou procurar uma agência aberta.