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Após distúrbios nos quais o próprio presidente equatoriano, Rafael Correa, acabou atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo, o governo do país decidiu declarar estado excessão. Toda a segurança do território nacional será feita pelo exécito. A medida pode durar uma semana, como anunciou o secretário jurídico da Presidência equatoriana, Alexis Mera, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira.

Rafael Correa afirmou em entrevista à rádio pública do país que se sente traído pela revolta dos militares. "Sinto-me traído, é uma traição à pátria", disse o líder equatoriano direto do hospital para onde foi encaminhado após ser atingido por bombas de gás, segundo informações da rede Telesur. Na mesma entrevista, pediu que a população mantenha a calma. Disse também que os conspiradores serão castigados.

Chávez

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, manifestou-se nesta quinta-feira sobre a tensão entre policiais e o governo equatoriano. Ele afirmou que o presidente do país corre perigo de vida, e fez um apelo para que o exército não participe de qualquer tentativa de golpe. Chávez disse ainda que Rafael Correa estaria “sequestrado” em um hospital de Quito. O presidente venezuelano reforçou ainda que o Equador tem o “total apoio e solidariedade” da Venezuela.

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OEA

A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou nesta quinta-feira que convocou uma reunião de emergência pra tratar da crise no Equador. O Conselho Permanente da OEA "se reunirá em uma sessão extraordinária nesta quinta-feira, 30 de setembro", às 14h30 locais (15h30 de Brasília) para "considerar a situação no Equador", indicou o órgão em comunicado.

Tentativa de golpe

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Militares e policiais protagonizam uma revolta no país, considerada pela imprensa como uma tentativa de golpe. Foi aprovada pela Assembleia Nacional, na última terça-feira, a lei do serviço público, que remove prêmios e benefícios dos policiais. A eliminação dos benefícios econômicos foi rejeitada pelos policiais, que protestaram em várias cidades do Equador. Um grupo de cerca de 150 policiais da Força Aérea tomou a pista o aeroporto internacional de Quito.

A situação política ficou tensa nesta quinta-feira no Equador, quando uma ministra de Correa afirmou que o presidente estudava a possibilidade de emitir um decreto dissolvendo a Assembleia Nacional, em função de um conflito interno com seu movimento político que vem freando a promulgação de leis cruciais para seu projeto socialista.

Em discurso proferido nesta quinta-feira na janela do regimento do exército, o presidente Rafael Correa chamou os manifestantes de "bandidos" e disse que "se quiserem me matar, que me matem."

Após discursar na janela do regimento, Correa foi atingido por bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela polícia e levado ao hospital. Segundo a TeleSur, o presidente foi atendido e já está retornando ao palácio do governo, onde deverá fazer um pronunciamento à população.

O chefe do comando das Forças Armadas do Equador, Ernesto González, garantiu que estão subordinados à autoridade de Correa.



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