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FORA
Roriz diz que sai da disputa para não
“sangrar em praça pública”

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No início da tarde da sex­ta-feira 24, o ex-governador Joaquim Roriz surpreendeu a população de Brasília. Irritado com a indecisão do Supremo Tribunal Federal, que adiou a decisão do julgamento sobre a aplicação da lei dos fichas sujas, Roriz retirou sua candidatura pelo PSC e lançou sua mulher, Weslian Roriz, para a disputa do governo do DF, pelo mesmo PSC. O ex-governador se descontrolou ao saber que o STF, após um empate de 5 votos a 5, no julgamento de seu recurso, iria adotar a sugestão apresentada pelo ministro Dias Toffoli de aguardar a nomeação do 11º ministro do STF para a decisão final. “Se meu recurso vai ficar nas mãos de um ministro a ser nomeado pelo presidente Lula, não vou jogar meu futuro nas mãos de um adversário”, disse Roriz a assessores. “Não vou sangrar em público.” Mesmo com a desistência do candidato, a foto que deverá aparecer na urna em Brasília será a de Roriz, uma vez que já expirou o prazo para a mudança.

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TROCA
Mulher de Roriz, Weslian, será a nova
candidata ao governo do DF

O julgamento no STF do caso de Roriz não acontecerá mais. Agora o Supremo aguardará outro processo envolvendo candidatos ficha suja para se pronunciar sobre a validade da lei. A sessão que julgava o caso do ex-governador do DF só terminou na madrugada da sexta-feira 24, com o plenário dividido ao meio. “A decisão caberá ao novo ministro, depois da eleição. Ele enfrentará um fato consumado. Precisará de uma couraça para suportar o peso terrível”, disse o ministro Marco Aurélio Mello. Ao fim da sessão, foi sugerido, em tom de desafio, que o presidente do STF, Cezar Peluso, desse o voto de Minerva. “Não tenho vocação para déspota”, respondeu Peluso. Os ministros do STF comentam que o presidente Lula deve nomear para a 11ª cadeira o ex-presidente do STJ, Cesar Asfor Rocha. E a expectativa é de que Asfor Rocha votará contra a aplicação da lei dos fichas sujas este ano.

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