O público infantil está mais exigente, inclusive no consumo. Dá para ­“culpar” a publicidade excessiva ou o mimo dos pais. Mas também pode-se ponderar e ver que há benesses nesses novos tempos que, vá lá, não são tão novos assim. Se pensadores da educação como Emília Ferreiro e Paulo Freire apontaram a importância de usar o cotidiano da criança para que ela se torne protagonista de seu aprendizado, é hora de começar a entender o que anda acontecendo. Também nem toda a “modernidade” passa pelas redes sociais ou por digressões de como os “pequenos adultos” estão ansiosos pelo uso da internet. Alguns produtos podem parecer modernos demais ou ser classificados de educativos para custarem mais. Só não dá para negar que muito do que se pensou sobre o desenvolvimento infantil foi absorvido pelo mercado, que agora oferece mais do que o tradicional binômio rosa-azul.

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