A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), atualmente relegada a segundo plano na estratégia do governo, já foi bastante atuante no cenário eleitoral. E eficiente. Seu último grande trabalho ocorreu nas eleições de 1996. O núcleo de análise política da Abin elaborou, na época, um relatório para o presidente ­Fernando Henrique Cardoso com as estimativas de resultado das votações nos mais de cinco mil municípios do País. E conseguiu 95% de acerto – uma precisão maior do que o de muitos institutos de pesquisa. Apesar da eficiência, o grupo foi extinto um ano depois por causa de uma luta de poder dentro da agência.