10/09/2010 - 12:06
Um mapa inédito da delinquência eleitoral, que a Polícia Federal (PF) fechou para ajudar a Justiça a montar um sistema de fiscalização e repressão mais eficaz no País, mostra que nos últimos quatro anos, de 2006 a 2009, foram instaurados 20.179 inquéritos para investigar crimes eleitorais dos mais diversos tipos. O campeão absoluto foi o Rio de Janeiro, com 3.409 inquéritos instaurados (16,89% do total), seguido de Minas Gerais, com 1.912 casos (9,48%).
Com mais de um terço do eleitorado nacional, São Paulo teve 1.547 inquéritos policiais (7,7% do total). O pequeno Rio Grande do Norte, com cerca de 1% do total de eleitores, veio em quarto lugar (1.529), seguido por Paraíba (1.217) e Maranhão (1.195). Esses inquéritos resultaram no indiciamento de 1.035 pessoas. Mais de cem delas são políticos eleitos que tiveram os mandatos cassados ou o registro da candidatura anulado.
As unidades menos manchadas por crimes eleitorais foram Amapá (166), Roraima (197) e, curiosamente, o Distrito Federal (231), palco do último escândalo político do País, investigado pela operação Caixa de Pandora, que levou à prisão e cassação do governador José Roberto Arruda (sem partido), além do indiciamento de mais de 30 pessoas, entre parlamentares e autoridades do governo local.
Foram levadas em consideração na pesquisa da PF as quatro modalidades mais comuns de crimes eleitorais: fraudes em títulos eleitorais; compra ou venda de voto por dinheiro ou vantagem; fraudes contra o exercício do voto no dia da eleição, incluindo boca de urna e corrupção eleitoral e ou abuso do poder econômico.