A ex-modelo e futura primeira-dama dos EUA Melania Trump, esposa do candidato republicano eleito presidente do país com 312 votos do Colégio Eleitoral na terça-feira, 5, agradeceu aos cidadãos americanos pela “confiança” em seu marido. A declaração mostra a postura que a mulher pretende apresentar durante o mandato de Donald Trump.

Na publicação, feita por Melania em seu perfil oficial no X (antigo Twitter) na quarta-feira, 6, a futura primeira-dama agradeceu a confiança da maioria dos americanos e afirmou que irá proteger a liberdade, configurada por ela como o “coração da República”. A mulher ainda pontuou que espera ver a população superar diferenças ideológicas em nome dos Estados Unidos.

+ O tímido retorno de Melania Trump à cena política nos EUA

+ Melania Trump finalmente fala sobre invasão do Capitólio e denuncia “ataques”

Melania Trump, tem 54 anos e nasceu em, na Eslovênia, com o nome de Melanija Knavs. A futura primeira-dama se mudou para Nova York em 1996 e dois anos depois conheceu Donald Trump em um evento de moda. A mulher conseguiu cidadania em 2006, um ano após se casar com o empresário em Mar-a-Lago, na Flórida.

A eslovena tinha apenas 16 anos quando entrou em uma agência de moda e conseguiu trabalhos em Milão e Paris. Melania é mãe de Barron, de 18 anos, o filho mais novo de Trump e tem como enteados Ivanka, Donald Jr, Eric e Tiffany Trump. Após as eleições de 2016 e a posse do republicano como presidente no ano seguinte, a mulher se tornou a primeira primeira-dama estrangeira dos EUA.

Atuação no primeiro mandato de Trump

De acordo com o “USA Today”, durante o início do primeiro mandato do republicano, Melania se mostrou ausente ao não se mudar para a Casa Branca. A então primeira-dama preferiu ficar em Nova York para que Barron pudesse terminar o ano letivo.

Posteriormente, em 2018, Melania foi gravada por uma ex-conselheira reclamando das tradições do cargo de primeira-dama do país referentes à celebração do Natal. Na ocasião, a mulher teria dito que estava “trabalhando muito” com as decorações natalinas.

Ainda, a eslovena teria mostrado descontentamento com as políticas de Trump de separar famílias de imigrantes ilegais. As gravações só foram divulgadas dois anos depois.

Em 2018, Melania lançou a campanha “Be Best” destinada a conter o cyberbullying, uso de drogas e suicídio entre jovens. O “The Telegraph” relembra que, no mesmo ano, a então primeira-dama visitou um centro de crianças imigrantes vestida com uma jaqueta da Zara em que estava escrito: “Eu realmente não me importo, e você?”.

⁠Qual será o papel da primeira-dama Melania Trump no governo a partir de 2025?
Melania Trump, antecessora de Jill Biden, com um casaco com a frase “I don’t really care, do u?” – GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/Arquivos

Melania como futura primeira-dama

De acordo com a revista “People”, fontes próximas de Melania apontaram que ela não tem tanta vontade de se mudar para a Casa Branca por conta dos imóveis que têm em Nova York e em Mar-a-Lago. Ainda, a mulher espera poder passar um tempo com Barron enquanto o jovem está no seu primeiro ano de estudos na Universidade de Nova York.

Apesar disso, é esperado que Melania cumpra suas funções como primeira-dama da forma que “sempre fez”. Durante o primeiro mandato de Trump, a mulher era responsável por organizar almoços e jantares de chefes de estado.

A ex-primeira-dama foi questionada pelas frequentes ausências durante o primeiro mandato de Trump. Entretanto, para Katherine Jellison, professora da Universidade de Ohio e especialista nos casais presidenciais, as declarações e aparições de Melania em eventos ilustram claramente o retorno de mulher à arena política. “Parecem ser sinais de que ela está ensaiando seu retorno à vida pública.”

Neste ano, a eslovena lançou um livro de memórias abordando a suposta fraude eleitoral na corrida presidencial de 2020, suas opiniões relativas ao aborto e uma resposta à comediante Rosie O’Donnell, que acusou seu filho, Barron, de ser autista.

*Com informações da AFP