O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (PMDB-CE), prometeu clima de “normalidade” no parlamento diante da crise institucional do governo. O peemedebista afirmou que vai tocar a pauta do plenário do Senado e minimizou a dificuldade que o relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) está enfrentando ao longo do dia para ler parecer da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

“Não temos uma pauta do governo, temos pauta de interesse do Brasil. Vou tocar a pauta do plenário com muita naturalidade. As comissões estão em pleno funcionamento. O Congresso vai trabalhar naturalmente, o Brasil não pode parar”, afirmou.

De acordo com o presidente do Senado, estão na pauta do plenário duas medidas provisórias que precisam ser votadas, além da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue o foro privilegiado.

As atividades do dia no Senado vão servir de termômetro da base de Michel Temer na Casa. Além das votações em plenário, a Comissão de Assuntos Econômicos programou uma audiência pública para debater a reforma trabalhista e a leitura do parecer do relator. A reunião começou às 8h30 e teve diversos bate-bocas.

Até mais de 15h, os senadores ainda não haviam conseguido dar início à etapa deliberativa da sessão, em que o relator pode ler o parecer do projeto. Com presença maciça, e pouco usual, de senadores da base e da oposição, a reunião vem sendo delongada com diversas intervenções e discursos favoráveis e contrários à reforma trabalhista.

O presidente do Senado minimizou a situação e afirmou que o debate é natural. “Não tem vitória e nem derrota, tem um debate natural que está acontecendo nas comissões, a coisa mais normal da democracia. Essa é uma matéria importante que precisa efetivamente ser debatida”, afirmou.