Uma vitória nesta terça-feira do candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, prejudicaria as ações globais e enfraqueceria o dólar, na avaliação de François Savary, diretor de investimentos da consultoria Prime Partners, sediada em Genebra. Savary disse que reduziu sua exposição a ações globais em outubro, diante da chance de uma vitória do empresário.

Savary afirmou que, após um rali recente nas ações globais, “as valorizações de mercado estão longe de estar baratas e há risco político pela frente”. O economista planeja trabalhar até o fim da noite de terça-feira e voltar para casa para acompanhar os resultados eleitorais nas primeiras horas da quarta-feira. Caso a democrata Hillary Clinton vença, Savary diz que comprará ações dos setores de construção e energia. Já se Trump ganhar “o mercado terá espaço para uma correção significativa”.

Analistas do Credit Suisse afirmaram que, caso Trump seja eleito presidente dos EUA, as ações dos bancos europeus devem sofrer. Segundo os economistas, a exposição geral dos bancos europeus aos EUA é baixa, mas alguns deles poderiam ser afetados pelo resultado, especialmente aqueles com grandes operações no mercado de capital norte-americano, como o Deutsche Bank e o Barclays. Os analistas do Credit Suisse dizem que uma regulação mais branda “é positiva apenas na superfície”, já que “o protecionismo de Trump” deveria levar a perdas para os bancos de fora dos EUA. O dólar poderia se enfraquecer, o que prejudicaria o Deutsche Bank, que gera 25% de sua receita em dólares, e também o Barclays, que gera 31% da receita em dólares.


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