O mercado imobiliário na capital paulista registrou pelo terceiro mês seguido aumento no número de vendas e expansão no lançamento de unidades, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 17, pelo Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

Em março, foram comercializadas 1.233 unidades residenciais novas, um volume 54,5% maior do que o registrado em fevereiro, e 15,2% acima do resultado de março de 2016, quando foram vendidas 1.070 unidades.

Além disso, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), São Paulo registrou 1.555 lançamentos de imóveis em março, número 768,7% superior ao registrado em fevereiro (179 unidades).

Os resultados, entretanto, não significam que o setor tenha se recuperado da crise. No acumulado de 12 meses – de abril de 2016 a março de 2017 -, foram comercializadas 15.967 imóveis em São Paulo, o que representa uma redução de 21,2% em relação ao mesmo período de 2016, quando foram vendidas 20.268 unidades.

O estoque de imóveis disponíveis para venda – representados por residências na planta, em construção ou prontas – alcançou 22.546 unidades, um crescimento de 2,6% em relação a fevereiro.

Para o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, o alto desemprego no País ainda é um grande inibidor do consumo, mas a redução da taxa básica de juros nos últimos meses e um cenário de inflação em queda apontam para um início de retomada da confiança do consumidor e dos empresários.

“Desde o segundo semestre de 2015, quando a recessão começou a bater mais forte no bolso das pessoas, as aquisições de imóveis se pautam mais pela necessidade, de quem casa ou se muda para a cidade, do que para investimentos”, explica Celso.

O economista acredita em uma recuperação do mercado a partir do terceiro trimestre deste ano. Ele aponta para uma necessidade habitacional reprimida como um caminho para alavancar as vendas. “Esperamos bater 16 mil unidades vendidas neste ano, e pouco a pouco recuperar o ritmo de 25, 30 mil unidades que eram vendidas antes do início da crise”.