São Paulo, 26/6 – O presidente do Conselho Deliberativo da União da Indústria da Cana (Unica), Pedro Mizutani, disse nesta segunda-feira, 26, na abertura do Ethanol Summit 2017, em São Paulo, que o setor sucroenergético passa por dificuldades, mas é “resiliente” e o momento oferece oportunidades. Lembrou que a atratividade do biocombustível caiu nos últimos meses e que produtores recebem pelo etanol preços cerca de 30% mais baixos.

Ele, porém, reforçou a necessidade de reação: “É a hora de ter uma agenda de diálogo e política de longo prazo, para que o etanol seja induzido oficialmente à matriz energética do Brasil.”

Segundo ele, há interlocução “clara e correta” com o governo. Mizutani considera que é uma questão de tempo a elaboração de projeto de Lei e implantação do programa RenovaBio, que prevê a ampliação do uso de combustíveis renováveis na matriz energética brasileira.

Também presente no Ethanol Summit, o presidente da World Bioenergy Association (WBA, na sigla em inglês), Remigijus Lapinskas, elogiou a tecnologia brasileira de produção de combustível a partir do etanol.

Ele considera o biocombustível essencial para a redução das emissões de carbono no mundo. “A taxação global das emissões de carbono é necessária para reduzir o uso de combustíveis fósseis. Isso vai tornar mais importante o papel de combustível limpo e, somente assim, poderemos cumprir as metas do Acordo de Paris.”

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