Londres, 2/12 – O Global Sugar Aliance, um grupo ligado à indústria do açúcar formado por representantes de vários países, não constatou o surto (disparada) de importações na China, que explique a salvaguarda exigida pelo país asiático recentemente. A informação foi passada ao Broadcast nesta sexta-feira, 2, por um dos seus integrantes, o diretor-executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Leão de Sousa. O grupo, que tem como principal objetivo discutir a liberação do mercado de açúcar, se reuniu na quinta em Londres. “O tema principal foi discutir as salvaguardas da China”, explicou Leão de Sousa, durante a Conference on Advanced Biofuels and Bioeconomy, que ocorre na capital britânica durante todo o dia. Fazem parte do Global Sugar Aliance, representantes da indústria de países como Brasil, Austrália, Tailândia, África do Sul, Índia, Guatemala e Canadá, por exemplo. “A China alega que houve um surto de importações e que isso causa um problema na indústria local. A gente não constatou esse surto. As importações já cresceram há quatro, cinco anos e vêm se mantendo constantes ou com leve crescimento, nada que tenha sido inesperado pela China”, explicou o executivo. O representante da Unica relatou que o fato trouxe preocupação ao setor no Brasil porque a China é um país muito importante para as exportações domésticas, representando 10% das vendas de açúcar – o maior importador individual.