NOVO OLHAR “Mercado de escravos de Valongo”, de Jean-Baptiste Debret: o dia a dia chega à pintura
NOVO OLHAR “Mercado de escravos de Valongo”, de Jean-Baptiste Debret: o dia a dia chega à pintura

A Missão Artística Francesa e seus Discípulos na Pinakothéke Cultural”, exposição que abriu as portas na sexta-feira 23, marca o bicentenário da chegada ao Brasil de mestres como Jean-Baptiste Debret, Nicolas-Antoine e Auguste Taunay — e sua contribuição para o florescimento de um novo modelo de arte no País. “Antes, a estética vigente era colonial, trazida pelos portugueses. A Missão Francesa consegue produzir a nova linguagem, o neoclassicismo”, afirma Max Pelingeiro, 66 anos, que divide a curadoria da exposição com Maria Eduarda Marques. Segundo ele, é com a chegada dos franceses que o dia a dia do Rio de Janeiro e sua natureza saltam para as telas. “Retratar os negros e os nativos era quase uma heresia. E essa mudança vem da França para cá”, diz o curador. A comitiva chegou ao Brasil em 20 de março de 1816, oito anos após a família real ter deixado Lisboa. Na corte do Rio de Janeiro, os franceses se tornam figuras de destaque e tiveram ampla liberdade para produzir sua arte inovadora.

 


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