O filme é de ficção científica.
O planeta Brasilis, recebe astronautas com a função de habitá-lo.
A certa altura, um enorme monstro assassino invade a estação onde vivem os primeiros habitantes.
Um misto de dragão e lagarto, com boquinhas por todo o corpo.
Um a um, o monstro vai matando cada um dos 20 astronautas.
Até que sobram apenas dois.
Um deles, com certeza é o Matt Damon.
No climax do filme, o monstro foge da base para uma caverna.
Matt Damon e Anne Hathaway vão atrás, com suas roupas espaciais. e depois de mais de vinte minutos de efeitos especiais, conseguem matá-lo.
Saem da caverna cansados
Os dois sóis estão se pondo no planeta.
Há esperança.
O filme parece que vai terminar com os dois caminhando de volta a base, onde poderão ter filhos e cumprir sua missão de iniciar a vida no planeta.
Fade out.
Fade in.
A câmera entra na caverna.
A plateia, que por um minuto estava aliviada com a morte do monstro, percebe que alguma coisa terrível pode estar por acontecer.
E acontece.
A câmera mostra um espaço enorme da caverna com milhares de ovos verdes pulsantes. Cada um deles se transformará em um monstro.
Sobem créditos.

Por que esse filme?
Porque hoje é assim que me sinto.
O planeta é o Brasil.
O monstro é o Governo afastado.
O Matt e a Anne eram a esperança por um Governo melhor.
Os ovos?
Os ovos são os milhões de servidores públicos – representados pelos que apareceram no meu post sobre o aumento – que defendem a ideia de que mesmo com um deficit de 170 bilhões, mesmo com 11 milhões de desempregados, mesmo com comércios e fábricas fechando, eles merecem os 6,5 bihões do aumento aprovado na Câmara.

Você e eu?
Você e eu somos a platéia.
Não fazemos nenhuma diferença na história.
Pagamos para entrar, não podemos sair no meio e não podemos interferir no final.

Segue o enterro.

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