Ultraman, um dos ícones da cultura pop japonesa, chegou este ano à quinta década de vida e recebeu várias homenagens em sua terra natal: exposições, concursos para novos roteiros e talk shows com o elenco original. No Brasil, uma nova coleção de mangás mostrou a cara mais futurista do super-herói. “Ultraman não retrata apenas o bem contra o mal, mas aborda também questões ambientais e sociais”, diz Takamasa Kitazawa, da Tsuburaya Productions. Segundo ele, a série é reconhecida por 90% dos japoneses de 3 a 60 anos. “As crianças daquela época hoje são adultos que curtem Ultraman com os filhos e netos, somando três gerações”, completou. Durante a 29ª edição do Festival Internacional de Cinema de Tóquio, a Tsuburaya lançou um concurso de roteiristas. A melhor ideia para novo programa de TV receberá o troféu Tetsuo Kinjo, batizado com o nome de um dos primeiros roteiristas da marca. “Estamos em busca de novos talentos que possam dar continuidade ao legado de Ultraman nos próximos 50 anos”, afirmou Shinichi Oka, CEO da Tsuburaya

Mangá traz novo visual

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Um dos pioneiros em efeitos especiais na TV do Japão, Ultraman ajudou a consolidar o gênero “tokusatsu”, que deu ao país destaque mundial e influenciou cineastas como Tim Burton e Guillermo Del Toro. No Brasil, a Editora JBC lançou a coleção de mangás “Ultraman”, com o conteúdo da série exibida no começo dos anos 1970 pela extinta TV Tupi. Escrita por Eiichi Shimizu
e ilustrado por Tomohiro Shimoguchi, traz o herói em aventuras atuais — daí sua repaginada futurista.