A Comissão Europeia pediu aos Estados-membros da União Europeia que intensifiquem os esforços para acolher os solicitante de asilo que se encontram na Grécia, considerando possível repartir 30.000 migrantes candidatos ao plano europeu de “realocação” antes que termine 2017.

Através deste programa, adotado há um ano, foram repartidos apenas 5.651 solicitantes de asilo da Grécia e da Itália, segundo cifras publicadas pelo executivo europeu, enquanto que o objetivo inicial, fixado em setembro de 2015, era o de realocar 160.000 pessoas destes dois países em um prazo de dois anos.

“A realocação está destinada ao êxito”, comentou o comissário para as Migrações, Dimitris Avramopoulos, enfatizando “a intensificação dos esforços dos Estados membros nos últimos meses”, apesar da dificuldade de aplicação desse controvertido programa.

“Com mais de 1.200 realocações apenas no mês de setembro, se mostra que é possível acelerar o processo se a vontade política e o sentido da responsabilidade existirem”.

Desde setembro de 2015, data da adoção do plano, 4.455 solicitantes de asilo foram transferidos da Grécia e 1.196 da Itália, no total, das 160.000 pessoas que deveriam ser repartidas segundo o objetivo inicial.

Um objetivo que foi, de fato, revisado em baixa, com 54.000 realocações – das 160.000 – que a UE decidiu destinar à execução do acordo migratório com Ancara, que prevê a colhida direta de refugiados sírios na Turquia pela UE.