O público que estava no gargarejo do Palco Sunset do Rock in Rio neste fim de tarde de quinta-feira, 21, não escondia que estava guardando lugar para o show de Alice Cooper e Arthur Brown. “Quem vai tocar agora é um tal de Tyler não sei o quê”, disse um fã de Cooper. A missão que o grupo Tyler Bryant & The Shakedown tinha era a de manter diante de si uma plateia dispersa ansiosa por uma grande atração.

Quando Tyler Bryant entrou no palco, a mágica se vez. Escalado para substituir o The Pretty Reckless, ele e os músicos Noah Denney (baixo), Graham Whitford (guitarra) e Caleb Crosley (bateria) fizeram um show enérgico, que bem caberia no Palco Mundo, e conquistaram a plateia.

Oriunda de Nashville, a banda explora um hard rock com toques de blues que, por vezes, se assemelha ao Aerosmith (outra atração desta quinta) dos anos 1970. Não é coincidência. Graham e filho de Brad Whitford, guitarrista da banda.

Aberto com Weak & Weepin’, o show mostrou uma banda entrosada e disposta a agradar os brasileiros, nesta primeira passagem pelo País. Até mesmo a melodia do clássico grito de guerra “olê olê olá” virou riff de guitarra. O público parecia não conhecer o trabalho do grupo, mas embarcou na animação do frontman.

O rock de Bryant se mostra coeso e firme em canções como Downtown Tonight e Last One Leaving. Não há nenhuma reinvenção de roda, é apenas puro e bom rock’n roll. Ainda houve uma homenagem a Muddy Waters, com a lembrança de Got My Mojo Working. E, na mesma noite de shows de Aerosmith e Alice Cooper, funciona perfeitamente.