Ao menos três pessoas morreram nesta quarta-feira em Macau na passagem do tufão Hato, procedente do território chinês de Hong Kong, onde também provocou uma vítima fatal.

Na ex-colônia portuguesa, a passagem do tufão provocou inundações grandes inundações.

Três homens com idades entre 30 e 65 anos estão desaparecidos, segundo o governo de Macau.

Uma das vítimas morreu no desabamento de um muro, outra caiu do quarto andar de um prédio e a terceira, um turista chinês, foi atropelada por um caminhão.

A energia elétrica foi cortada em vários pontos de Macau, mas a maioria dos cassinos, como o gigantesco Venetian, permaneceram abertos graças aos geradores.

O Grande Lisboa, no entanto, teve que interromper as mesas de jogo e fechar os restaurantes por falta de energia elétrica.

As autoridades de Macau se viram obrigadas a limitar o fornecimento de água potável.

Em Hong Kong, o tufão Hato também provocou estragos. Um homem de 83 anos morreu ao cair no mar e mais de 80 pessoas ficaram feridas. Quase 300 pessoas buscaram refúgio em abrigos especiais.

Os fortes ventos e as chuvas torrenciais provocaram a suspensão de vários voos e o fechamento da Bolsa.

A meteorologia elevou o nível de alerta ao grau 10, o máximo.

Esta é a primeira vez em cinco anos que as autoridades recorrem a este nível de alerte, e a terceira desde 1997, quando a ex-colônia britânica foi devolvida a China.

Ondas gigantes foram registradas e vários bairros ficaram inundados.

As rajadas de vento chegaram a 207 km/h e derrubaram janelas e vitrines, assim como árvores.

“Estava na varanda quando uma árvore passou voando diante de casa”, disse David Colson, morador de Yuen Long, noroeste de Hong Kong.

Exceto por alguns aventureiros que tentavam filmar o tufão, as ruas de Hong Kong estavam desertas.

A companhia Cathay Pacific cancelou a maioria dos voos previstos para esta quarta-feira, uma medida também adotada pela Hong Kong Airlines.

O aeroporto de Hong Kong informou que 420 voos foram cancelados.

O tufão passou a 60 km de Hong Kong antes de tocar a terra em Zhuhai, sul da China, onde milhares de pessoas já haviam abandonado suas casas por precaução, informou a agência Xinhua.

Hong Kong é afetado com frequência por tufões entre julho e outubro, mas um impacto direto como o provocado pelo Hato é incomum.

Em 1962, o tufão Wanda, com ventos de 284 km/h, atou 130 pessoas e deixou 72.000 desabrigados.