Os Estados Unidos são o país com o maior poderio bélico já visto na história da humanidade. Por isso, ao anunciar, na segunda-feira 27, que pretende aumentar em 10% (ou US$ 54 bilhões) seus gastos militares, o presidente Donald Trump colocou o restante do mundo em alerta. Estaria o mandatário se preparando para a guerra? Para piorar, o aumento seria compensado por cortes em setores fundamentais, como os de ajuda internacional, meio ambiente, ciência e educação. “Este será um orçamento de segurança pública e segurança nacional”, disse Trump. “E vai incluir um aumento histórico nos gastos com defesa para reconstruir as exauridas Forças Armadas de nossa nação.”

“Este será um orçamento de segurança pública e segurança nacional” Donald Trump, presidente dos EUA

Os setores que devem ser mais afetados pela realocação das verbas são o Departamento de Estado e a Agência de Proteção Ambiental, ambos fundamentais para o restante do planeta. O primeiro é responsável pela diplomacia americana e o auxílio que os Estados Unidos prestam em terras estrangeiras. O segundo preza pela defesa da natureza e o controle do aquecimento global, incluindo o desenvolvimento de fontes de energia limpas. Somados, os custos das duas pastas ficaram em US$ 46 bilhões, o que significa que o presidente precisará cortar em outros órgãos para alcançar a meta. Ele prometeu que gastos com previdência social e saúde não serão diminuídos.

POLÊMICA
As propostas de Trump causaram alvoroço entre parlamentares democratas e até mesmo entre republicanos que apoiam o mandatário. Quem dará a palavra final sobre o orçamento é o próprio Congresso, ao fim de um longo processo que não acabará antes de maio. RM

 

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