O presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que o grupo libanês xiita Hezbollah é uma “ameaça” para todo o Oriente Médio.

“O Hezbollah é uma ameaça para o Estado libanês, para o povo libanês e para toda a região”, declarou em coletiva com o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, na Casa Branca.

“O grupo continua aumentando seu arsenal militar, ameaçando começar um novo conflito com Israel”, disse o presidente americano.

Trump também condenou “o apoio do Irã” ao Hezbollah, que “alimenta uma catástrofe humanitária na Síria”.

Washington considera há anos o grupo xiita libanês como uma “organização terrorista”.

A luta contra o terrorismo, a situação dos refugiados no Líbano e a ajuda militar americana às forças armadas libanesas foram alguns dos principais temas da reunião desta terça-feira no Salão Oval entre Trump e Hariri.

À imprensa, o presidente norte-americano felicitou o exército libanês por “proteger as fronteiras do Líbano e impedir o EI (grupo Estado Islâmico) e outros terroristas de estabelecer bases no país”.

“O exército dos Estados Unidos está orgulhoso de ter contribuído nesse combate e continuaremos fazendo isso”, afirmou Trump, sem detalhar dados sobre a assistência militar a Beirute.

Hariri agradeceu a Trump por “seu apoio a nosso exército e a nossas agências de seguranças, assim como por seu apoio para preservar a paz e a estabilidade na nossa fronteira meridional” com Israel.

No entanto, vários analistas temem uma redução da assistência militar americana ao Exército libanês.

“A Casa Branca tem a clara intenção de reduzir o orçamento argumentando que desde 2006 o programa de ajuda militar americano no Líbano não cumpriu o objetivo: que as forças armadas libanesas possam conter o Hezbollah”, estimou na semana passada Joe Macaron, analista do Arab Center de Washington.