WASHINGTON, 18 JUL (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofreu uma nova derrota na sua tentativa de revogar a reforma sanitária de seu antecessor, a “Obamacare”.   

Mais dois senadores republicanos declararam oposição ao texto apresentado pelo próprio partido para substituir a “Obamacare”.   

Com isso, Trump tem o apoio de apenas 52, de um total de 100, de senadores. Com esse número, o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, não consegue levar o texto de substituição do Obamacare para aprovação. De acordo com McConnell, a perspectiva, agora, é de que o Senado vote uma revogação completa do Obamacare, com um prazo de dois anos para que a reforma sanitária seja anulada e, nesse período, possa ser criado um novo mecanismo para substituí-la.   

Isso permitiria que o Senado votasse um texto mais simples, apenas para revogar o Obamacare, sem discutir detalhes do novo sistema. Mas, no Twitter, Trump reagiu ao anúncio dos dois senadores, Mike Lee e Jerry Moran, que passaram para a oposição ao projeto.   

“Os republicanos devem apenas REVOGAR o falido Obamacare e, depois, trabalhar em um novo plano para a Saúde, começando do zero”, escreveu.   

A principal dificuldade do Partido Republicano tem sido agradar aos dois lados da legenda: uma que acredita que a proposta não avança o suficiente para eliminar o Obamacare, e outra que afirma que ela vai longe demais.   

Essa é a segunda tentativa de Trump de revogar a reforma de saúde. A primeira ocorreu em junho, quando a oposição dentro do Partido Republicano obrigou que o texto fosse retirado de análise.   

A “Lei de Proteção e Cuidado Acessível ao Paciente” (PPACA, na sigla em inglês) foi sancionada em março de 2010 pelo ex-presidente Barack Obama e ficou mundialmente conhecida como Obamacare. O projeto tem o objetivo de ampliar o acesso à cobertura de saúde aos norte-americanos, já que não existe nos EUA um sistema público de saúde – apenas planos privados.   

A lei tenta flexibiliar o acesso aos planos privados de saúde, impedindo que as empresas recusem clientes com histórico de doenças ou que não atendam aos pré-requisitos. (ANSA) Já Trump prometeu em sua campanha eleitoral à Presidência em 2016 que revogaria o Obamacare se fosse eleito. (ANSA)