Em sua fala na ONU, Donald Trump não poderia ter sido mais claro, e sabemos que clareza, especialmente a moral, anda em falta no mundo de hoje. Sem medir palavras pela régua politicamente correta, sem deixar o medo falar mais alto do que os fatos, Trump colocou os pingos nos is e fez um breve resumo de quão “depravado” é o regime da Coreia do Norte sob a ditadura do “homem foguete”, capaz de matar o próprio irmão e sequestrar uma menininha japonesa para ser intérprete escrava de espiões.

Mas, diante do teor do que foi dito, que simplesmente está fora de questão, pois são fatos incontestes, eis que boa parte da mídia prefere tratar Trump como a grande ameaça, aceitando no máximo uma espécie de equivalência moral. Os “malucos” dos dois lados colocam o mundo sob o risco de uma guerra nuclear, repetem os formadores de opinião, nunca conseguindo esconder que consideram Trump o maior responsável pelo perigo.

É preciso sofrer de um antiamericanismo muito patológico para tratar Trump, eleito legitimamente pela sólida democracia americana, da mesma forma que um maluco atômico que escraviza milhões de pessoas e lidera um regime comunista opressor, tendo no tráfico de heroína e na chantagem atômica suas principais fontes de recursos.

Quem não consegue mais ver a diferença entre Trump, defendendo o mundo livre e civilizado, e Kim Jong-un, defendendo o indefensável, a tirania vermelha que herdou de seu pai e que esse herdou de seu pai, tem sérios problemas. O ódio a Trump não permite mais um mínimo de clareza moral?

Quem sabe o “muro coreano” venha abaixo durante a era Trump. Seria insuportável para muitos “intelectuais”, mas fantástico para os próprios coreanos

Mesmo quem acha que a diplomacia resolve tudo, o que na prática significa ceder às chantagens do maluco, deve entender que numa negociação com um terrorista é preciso mostrar força, para não ter que ceder demais. O presidente, portanto, está certo em pressionar a ONU: o que será feito quanto a tais ameaças inaceitáveis? Não foi para isso que a ONU foi criada, afinal? Para defender os valores universais tão caros ao Ocidente? E pretende fazer isso só com discursos bonitos e com relativismo moral?

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É compreensível ficar preocupado com a escalada dessa situação, já que do outro lado temos um ditador com bombas atômicas. Mas amansar sempre com o leão faminto é garantia de ser por ele engolido. Quando Reagan falava grosso com o “império do mal”, a mídia também condenava, alegando que o “cowboy beligerante” estava provocando os soviéticos. A história mostrou quem estava certo. Foi a postura do republicano, com sua objetividade moral, que ajudou a enterrar de vez o regime comunista nefasto.

Quem sabe o mundo não vê o “muro coreano” vindo abaixo durante a era Trump? Seria insuportável para muitos “intelectuais”, mas fantástico para os próprios coreanos!


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