Trinidad e Tobago é o único país que continua na lista negra de paraísos fiscais elaborada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), anunciou o órgão nesta quarta-feira.

“Trinidad e Tobago, que figurava na lista de países não cooperativos, não conseguiu demonstrar progressos que permitam uma mudança de categoria”, afirmou a entidade, que apresentará seu informe sobre o tema na reunião de cúpula do G20, na próxima semana.

Em contrapartida, o Panamá, alvo de um escândalo mundial no ano passado, após ser revelado o sistema de lavagem de dinheiro de empresas fantasmas, aparece na lista de países que estão respeitando amplamente os critérios, ao lado de Andorra, Líbano, Guatemala, Vanuatu, Samoa e Emirados Árabes Unidos, entre outros.

“É uma ótima notícia, estamos muito satisfeitos”, disse o ministro de Economia e Finanças do Panamá, Dulcidio De La Guardia, numa coletiva de imprensa.

A decisão da OCDE reconhece o feito do Panamá de “eliminar de uma vez por todas a falta de parâmetros que o país tinha em matéria de transparência fiscal e financeira”, completou.

O ministro de Finanças da Guatemala Julio Héctor Estrada também comemorou o anúncio. “Isso permite à Guatemala recobrar a credibilidade internacional e mostra seu compromisso de cumprir com os padrões de transparência fiscal”, disse.

Para evitar a lista negra da OCDE, os países suspeitos de atuarem como paraísos fiscais devem respeitar vários critérios, como o fornecimento de informações sob demanda. A partir de 2018, eles deverão entregar esses dados automaticamente.

Na última reunião de cúpula do G20, seus dirigentes haviam pedido que a OCDE preparasse uma lista de jurisdições que não avançaram o bastante para chegar a um nível satisfatório das normas reconhecidas de transparência fiscal.