A alta real de 2,70% na arrecadação na passagem de maio para junho é explicada principalmente pelo aumento no recolhimento de impostos sobre a renda e também sobre alguns produtos industrializados, como automóveis e bebidas. Muitos desses setores, porém, continuam exibindo resultado negativo em relação ao ano passado.

Segundo dados da Receita Federal, a arrecadação com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis cresceu 7,08% em junho ante maio, para R$ 271 milhões. O avanço já desconta a inflação do período. No entanto, este tributo registra queda real de 16,21% ante a arrecadação verificada em junho do ano passado.

No caso do IPI Bebidas, houve alta real de 1,24% em junho ante maio, para R$ 223 milhões, segundo a Receita. O valor ainda é 25,43% maior do que em igual mês do ano passado, já descontado o efeito de preços.

O IPI Outros também registrou avanço real de 6,57% na arrecadação na passagem do mês, para R$ 1,661 bilhão. Porém, o montante ficou 2,87% abaixo do recolhido em junho de 2015, já descontada a inflação.

Nos impostos sobre a renda, a arrecadação federal somou R$ 28,181 bilhões em junho, alta real de 20,50% ante maio. A única modalidade que cresceu foi o imposto de renda retido na fonte, principalmente sobre rendimentos de capital (avanço real de 184,72%, para R$ 9,596 bilhões), mas também sobre rendimentos de residentes no exterior (6,37%) e outros rendimentos (5,03%).

Apesar disso, a arrecadação de impostos sobre a renda teve desempenho pior do que em junho do ano passado. Nesse intervalo, houve queda real de 3,45%.

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Ainda na passagem de maio para junho, a arrecadação com outras receitas administradas pela Receita cresceu 14,58% em termos reais, para R$ 1,975 bilhão. Na comparação com junho do ano passado, porém, houve queda de 19,52%, já descontada a inflação.

No total, a arrecadação do governo federal somou R$ 98,129 bilhões em junho, alta real de 2,70% em relação ao mês de maio.


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