Autoridades sanitárias americanas detectaram o primeiro caso autóctone de zika perto da cidade portuária de Tampa, o que sugere que a transmissão local deste vírus na Flórida pode ter se propagado de Miami para a Costa do Golfo dos Estados Unidos, no oeste do estado, disse o governador na terça-feira.

“O Departamento de Saúde está investigando cinco novos casos de zika não relacionados a viagens” ao exterior, disse o governador da Flórida, Rick Scott, em um comunicado.

Um desses casos foi registrado no condado de Pinellas, ao oeste de Tampa e na Costa do Golfo dos Estados Unidos, que se situa cerca de 480 km ao noroeste de Miami e que conta com balneários turísticos como Clearwater e St. Petersburg.

A Costa do Golfo dos Estados Unidos compreende os estados americanos cujo litoral está no Golfo do México – Flórida, Alabama, Mississippi, Louisiana e Texas.

Os outros quatro casos foram registrados no bairro de Wynwood, no norte de Miami, que no final de julho se tornou a primeira área dos Estados Unidos continental a detectar casos de transmissão local do vírus.

Apesar do aparecimento da infecção pelo zika na costa oeste da Flórida, as autoridades sanitárias “ainda acreditam que a transmissão ativa do vírus está ocorrendo apenas nas pequenas áreas identificadas de Wynwood e Miami Beach, no condado de Miami-Dade”, segundo o comunicado do governador.

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Os cinco novos casos aumentam para 42 o total de infecções pelo zika transmitidas localmente na Flórida.

Na sexta-feira passada, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) pediram às mulheres grávidas que evitem as áreas de Wynwood e Miami Beach.

O diretor dos CDC, Tom Frieden, disse que as mulheres grávidas e seus parceiros devem considerar também evitar visitar todo o condado de Miami-Dade.

O vírus zika é transmitido principalmente através da picada do mosquito , mas também por contato sexual.

Na maioria dos casos, a infecção provoca apenas sintomas brandos, mas é particularmente perigosa para as mulheres grávidas, visto que pode causar malformações congênitas em fetos em desenvolvimento, como a microcefalia.

O vírus também é associado a transtornos neurológicos em adultos, como a síndrome de Guillain-Barré, que pode causar paralisia.


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