Tite optou pelo descanso no dia seguinte à confirmação do Brasil na Copa do Mundo da Rússia, em 2018. O treinador da seleção brasileira costuma passar com a família os dias de folga após as partidas e, assim, não acompanhou as reverências da imprensa internacional aos resultados obtidos desde que assumiu o posto à frente do time nacional.

O jornal espanhol Marca chamou de “Titerrevolução” a boa fase da seleção brasileira. Também na Espanha, o As publicou que o Brasil mostrou as credenciais para ser campeão do mundo, enquanto o argentino Olé comemorou a vitória da seleção, pois o resultado ajudou a equipe do país a não ser alcançada pelo rival Paraguai. Em oito jogos oficiais no cargo, o técnico da seleção tem batido recordes e está perto de outras marcas importantes.

Uma delas é recolocar a seleção na liderança do ranking da Fifa, posição ocupada pela última vez em maio de 2010. A próxima listagem da Fifa, em abril, vai oficializar a subida do time ao primeiro lugar.

Com Tite, a seleção teve como recordes nas Eliminatórias a conquista da classificação mais antecipada da história, a quatro rodadas do fim. Desde a adoção deste formato, nenhuma outra seleção conseguiu se garantir em menos jogos. “A seleção tem um espírito coletivo muito forte. Todos correm para comemorar os gols e vibram como se estivessem marcado”, diz o lateral-esquerdo Marcelo.

A equipe tem uma marca bem perto de ser superada. O Brasil tem 33 pontos nas Eliminatórias, apenas um a menos da melhor campanha feita pela seleção na competição sul-americana. Faltam mais quatro partidas para o término do torneio.

A agenda de compromissos pode possibilitar ao Brasil fazer também a melhor campanha da história das Eliminatórias da América do Sul. Restam dez pontos para igualar o resultado conquistado pela Argentina na corrida para o Mundial de 2002. A seleção vai superar a marca se ganhar os quatro jogos.