Os terremotos ocorridos nos dias 26 e 30 de outubro na Itália deformaram uma área de 600 quilômetros quadrados, de acordo com dados divulgados hoje (2). As imagens das zonas destruídas foram coletadas pelo satélite radar Sentinel 1, do programa europeu Copernicus, e analisadas pelo Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (Ingv). As informações são da agência Ansa.

Em algumas áreas, a terra afundou 70 centímetros. No dia 26 de outubro, um abalo sísmico de 5,5 graus sacudiu a região central da Itália. No dia 30, outro terremoto com magnitude maior, de 6,5 graus na escala Richter e epicentro próximo a Nórcia, na Úmbria, voltou a apavorar os italianos.

Este foi o tremor de terra mais forte já registrado na Itália desde 1980. As primeiras imagens de satélite comparando o antes e o depois do terremoto em Nórcia foram divulgadas esta semana. O município de quase 6 mil habitantes foi devastado e pelo menos um imóvel desabou em cada quarteirão. Hoje, o centro geológico da Itália informou que a terra continua tremendo e que, desde o dia 26, foram registradas 21,6 mil réplicas.

Medidas de reconstrução serão aprovadas

Isso porque o país já tinha sofrido um outro abalo sísmico, em 24 de agosto, que provocou a morte de 300 pessoas. O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, anunciou hoje que o Conselho de Ministros aprovará na sexta-feira um outro decreto com medidas de reconstrução, envio de dinheiro e prazos para as obras pós-terremoto. “Vamos reconstruir tudo, a começar pela Igreja de São Bento, padroeiro da Europa”, garantiu o premier.

“Não será um desafio fácil, nem breve. Mas colocamos em vigor uma estrutura que superará todas as dificuldades e construirá tudo como era”, disse Renzi. O premier também garantiu que não aumentará o déficit italiano com as obras de reconstrução do terremoto. “Os recursos já tinham sido destinados no plano plurianual. Para 2017, há uma margem de 3 bilhões de euros, que se torna de 5 a 6 bilhões em 2018”, explicou.