A cada dia que passa, aumenta o número de treinadores que recusaram o cargo de treinador da seleção argentina e, consequentemente, as especulações sobre o posto. Nesta sexta-feira, foi a vez de outro nome cogitado para a vaga, Marcelo Gallardo, do River Plate, descartar a possibilidade de assumir o país.

Gallardo não confirmou se foi oficialmente procurado pela Associação do Futebol Argentino (AFA), mas garantiu que não será ele o substituto de Gerardo Martino, que deixou o comando após o vice-campeonato na Copa América. O treinador do River ainda foi além e mostrou toda sua insatisfação com o modo que vem sendo conduzida a escolha do novo treinador.

“Me dá um pouco de vergonha tudo isso que está acontecendo”, declarou Gallardo. “Parece que todos podem ser candidatos. Por uma questão de compromisso e lealdade, minha cabeça está no River. Amo o lugar em que estou”, completou.

A recusa fez Gallardo se unir a uma lista que conta com Diego Simeone, Marcelo Bielsa e Jorge Sampaoli, todos treinadores que recusaram assumir a seleção. Nesta sexta, a AFA se reuniu com Ramón Díaz, que deixou recentemente a seleção paraguaia, assim como já havia feito com Miguel Angel Russo, do Vélez Sarsfield, e Edgardo Bauza, do São Paulo. Carlos Bianchi e Eduardo Berizzo seriam os outros candidatos.

Mas não é só a forma como a AFA tem conduzido a questão do novo técnico da seleção que irritou Gallardo. O treinador também foi categórico ao criticar o conturbado momento político que vive a federação.

“Para quem está envolvido com o futebol, dá tristeza. Não há coerência nem racionalidade em todas as coisas que estão acontecendo, não vemos certa reestruturação. Dá um pouco de pena. Chegamos ao fundo e precisamos refletir sobre o que passou e começar a melhorar”, opinou.