ROMA, 23 MAR (ANSA) – Os serviços de taxi de toda a Itália pararam mais uma vez nesta quinta-feira, dia 23, realizando greves nas principais cidades do país devido ao projeto de emenda que está tramitando no Congresso italiano chamada pelos taxistas de “anistia ao Uber”. Roma, Milão, Turim e Nápoles, entre vários outros municípios, aderiram à paralisação nacional, reunindo carros em frente a estações, aeroportos, prefeituras e importantes praças e se negando a atender passageiros como forma de protesto ao projeto que abre caminho para multinacionais, como serviços de motoristas particulares, o Noleggio con Conducente (Aluguel com Motorista, NCC), no país.   

As greves e manifestações, que já estavam marcadas há tempo, aconteceram mesmo após o Ministério dos Transportes ter apresentado aos sindicatos de taxistas do país um rascunho de um decreto que é composto de medidas para “impedir práticas de exercício abusivo do serviço de taxi e do serviço de aluguel com motorista”. “Chegam a nós dados que falam de uma adesão à greve de 90%”, disse Riccardo Cacchione, da companhia USB, durante a paralisação de taxistas na Piazza Venezia, em Roma. Já Nicola Giacobbe, da Única Taxi Cgil, disse que “o serviço de taxi parou em toda a Itália”. Na capital italiana, aliás, taxistas também fizeram um cortejo, com vários cartazes e faixas, que partiu do Coliseu e chegou à Piazza Madonna di Loreto. Em Turim, cerca de 300 taxis pararam seu trabalho e estacionaram seus carros na Piazza Castello, na frente da prefeitura da cidade. Porta-vozes da greve no município dizem que esperam os 1,5 mil taxistas do local no protesto. Gênova, na Ligúria, foi uma das poucas metrópoles cujos sindicatos não aderiram à greve. (ANSA)


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias